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Itália tem maior taxa de imigrantes com trabalho fixo

19/12/2000

 

 

A Itália é o país da Europa que conta com o maior número de imigrantes provenientes de países em via de desenvolvimento e que tem um trabalho fixo e seguro (mais de 65%), afirmou esta segunda-feira o ministro italiano do Interior, Enzo Bianco. O ministro afirmou que os dados foram estabelecidos depois de uma reunião dos responsáveis por assuntos de imigração das polícias da França, Reino Unido, Itália, Espanha e Bélgica.

   Em uma carta, divulgada esta segunda-feira pelo jornal italiano La Repubblica, com o título "Os verdadeiros números da imigração", o ministro afirma que em junho passado os imigrantes procedentes de países que não integram a União Européia (UE) e com permissão para ficar na Itália chegavam a 1.154.000. A maioria dos imigrantes legais provêm de Marrocos (150.000), Albânia (130.000), Filipinas e Equador (62.000), Romênia (60.000), Estados Unidos (48.000) e Tunísia (42.000). "Cerca de 50% deles são assalariados e 70.000 são trabalhadores autônomos", informou Bianco.

   O ministro disse que se tratava de um primeiro exame da situação dos imigrantes na Itália, um assunto que se tornou tema da campanha eleitoral e que desperta polêmicas entre a coligação governante de centro-esquerda e os setores de centro-direita, que têm as atenções voltadas para as legislativas de abril de 2001. O ministro recordou que na Itália o número de cidadãos "extracomunitários", ou seja os que vêm de fora da comunidade européia, equivale a 2,1% em relação ao total da população, de cerca 57 milhões de habitantes. "Lhes recordo que na Alemanha, França e Holanda esse porcentagem supera 9%. Na Espanha está perto de 7,5%", informou Bianco.

   "A imigração regular não cria problemas notáveis de criminalidade", afirmou Bianco, ao descartar a possibilidade de que a entrada de imigrantes tem como conseqüência maior insegurança. Segundo os números oficiais, de um total de 56.680 presos nas cadeias italianas, os imigrantes com permissão de estadia eram 985 até o dia 30 de junho passado. O ministro admitiu que o problema que deve ser enfrentado com maior severidade é o dos imigrantes ilegais, que segundo os dados citados por Bianco chegam a cerca de 250.000. "Nos últimos onze meses mais de 60.000 imigrantes clandestinos foram efetivamente expulsos do território nacional", afirmou Bianco, que elogiou os acordos internacionais com os países de origem e que com os que fazem fronteira para evitar o fluxo de clandestinos.

   "Itália é um país que se transformou rapidamente de um país de imigrantes para um país que recebe imigrantes", escreveu Bianco ao confirmar que a economia italiana "necessita dos imigrantes para manter seu ritmo de crescimento". Um decreto que estabelece os fluxos migratórios para 2001 em 63.000 pessoas deve ser assinado nos próximos dias.

(AFP)

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