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  A CULINÁRIA ITALIANA

A Polenta

A Polenta, nome de origem latina, de "pollen, que significa flor de farinha, é um alimento muito antigo, anterior ao surgimento do pão. Conhecida à época do Império Romano, não com farinha de milho, como hoje a preparamos, mas sim com grãos esmigalhados de fava ou de farro. Este, um cereal semelhante ao trigo, porém de consistência bem mais dura.

    Consta que o cultivo de grãos começou no Egito há 6000 anos. A princípio eram ingeridos sem qualquer processamento, e depois eram transformados em farinhas, por um um processo rudimentar: eram triturados entre duas pedras em movimentos rotatórios. Adicionados à água, a massa obtida era colocada sobre pedras aquecidas.

Polenta

       Atribui-se, porém, aos romanos o pioneirismo no consumo da polenta. Preparavam um prato denominado "pultem", com grãos de farro esmagados e cozidos com água, de consistência mole, o qual temperavam com queijos, carnes ou molhos diversos. Já os cartagineses a temperavam com mel, ovos e queijos.

    Data de 1300 um manuscrito que descreve uma "torta de farro" parecida com a nossa polenta: temperada com leite, toucinho e queijo e gratinada em recipiente coberto. Do século seguinte há o registro de uma receita que aconselha a cozinhar a farinha de farro em caldo de carne e temperá-la com gordura de porco, queijo, carne, açúcar, ovos e açafrão.

A Culinária Romana

    Com o esfacelamento do Império Romano e a invasão dos bárbaros, a polenta continuou a ser consumida, o que persistiu por toda Idade Média. A alimentação medieval baseava-se na culinária romana e a polenta se constituía na base de toda alimentação. Constante na mesa dos camponeses, muitas vezes como único alimento, era também um dos pratos mais usados pelos nobres, principalmente em grandes banquetes, por ser um ótimo acompanhamento de carnes e aves selvagens, muito apreciados à época, dada a grande fartura.

    Era preparada com grãos de cevada, aveia, arroz e outros cereais. Foi somente depois da descoberta da América, com a difusão do milho pela Europa, no Século XVI, que a polenta passou a ser também preparada a partir do milho. Havia porém uma região Italiana, a Friuli Venezia Giulia, que em 1550 já conhecia a polenta de farinha de trigo amarela. Por esse motivo, essa região tornou-se a verdadeira pátria da polenta .

    Na Itália, tradicional na região norte, onde é preparada freqüentemente com ervas aromáticas, a polenta perdeu a característica de cozinha simples e popular. Preparada com condimentos delicados e molhos tradicionais, é ótima para ser servida com acompanhamentos variados, desde embutidos (presunto, lingüiça, mortadela...) carnes, queijos até cogumelos e ostras. Em Cremona, cidade da região da Lombardia, a polenta é famosa por receber molhos deliciosos enobrecidos com ervas aromáticas como a hortelã, ou numa receita clássica que leva "lumache" (escargots) misturados a uma porção de cogumelos secos.

    Há uma diversidade de farinhas com que se pode fazer polenta, mas nada mais tradicional que a de farinha de milho. Para fazer uma polenta de consistência normal, use um litro e meio de água para meio quilo de fubá, sal a gosto e uma colher de azeite. Aumente a quantidade de água, se preferir uma polenta menos consistente. Estas quantidades são aproximativas, regra geral é necessário maior quantidade de água quando se usa farinha velha.


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