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Roma simula atentados para testar seu sistema de segurança


 

Simulação de atentado terrorista ao Coliseu

   Roma (EFE) - Roma foi hoje cenário de uma cadeia de atentados terroristas falsos em lugares emblemáticos como o Coliseu e a Praça Navona, tudo preparado pelas autoridades para testar a capacidade de reação da Polícia e das equipes de emergência.

   Trata-se da primeira simulação antiterrorista em grande escala que se faz na capital italiana, onde, por causa dos atentados de 7 de julho em Londres, o alerta terrorista e as medidas de segurança foram elevados.

   O ataque fictício, anunciado com vários dias de antecedência, começou de manhã com uma explosão controlada provocada por um falso suicida na turística praça do Coliseu, muito perto da entrada de metrô próxima ao monumento.

   A explosão causou vários falsos incêndios, enquanto voluntários da Defesa Civil faziam o papel de vítimas e eram atendidos por bombeiros e pelos serviços de emergência, em meio a uma intensa chuva que complicou as operações.

   Poucos minutos depois, iniciou-se a segunda fase do treino com uma deflagração controlada em um vagão de metrô nas proximidades da estação ferroviária de Termini, no centro da cidade.

   Esse segundo ataque mobilizou, por sua vez, dezenas de polícias, bombeiros e membros de proteção civil para evacuar a zona e atender as "vítimas".

   Pouco depois, acontecia uma terceira explosão controlada perto da cêntrica Praça Navona, em um ônibus que se dirigia à Praça de São Pedro do Vaticano.

   Com um suposto resultado final de 26 mortos e mais de cem feridos -papéis que eram interpretados por voluntários e bonecos-, os falsos atentados demonstraram "que a organização da cidade funciona", segundo o prefeito de Roma, Walter Veltroni.

   O treino paralisou o tráfego no centro da cidade durante cerca de duas horas, o que suscitou um sem-fim de protestos entre romanos e turistas, mas o objetivo era que tudo fosse o mais real possível, segundo Veltroni.

   O roteiro preparado pelas autoridades municipais foi seguido ao pé da letra, embora a terceira simulação tenha sido atrasada por uma manifestação pacifista com o lema "Não à ficção, fora do Iraque".

   "Não podemos pensar em um massacre em nossa cidade. Há apenas uma maneira de proteger os cidadãos: retirar as tropas do Iraque", denunciou o dirigente do grupo No Global, Guido Lutrario, que classificou a simulação de "pura propaganda".

   Este protesto foi criticado pelo prefeito de Roma (governador civil), Achille Serra, que expressou sua satisfação com o resultado da simulação, embora tenha reconhecido que a reação dos serviços de emergência "pode ser melhorado".

   "Poderíamos reduzir em alguns minutos o tempo de chegada dos primeiros meios de socorro, assim como a colocação do primeiro cordão de isolamento em torno do local", destacou.

   Dos testes, participaram quinhentos agentes de todos os corpos de segurança italianos e se mobilizaram cerca de 50 ambulâncias, ao mesmo tempo que foram instaladas duas unidades de crise e um hospital de campanha no centro da cidade.

   Também em Milão são preparados há algumas semanas falsos atentados em duas estações de metrô e no aeroporto, como parte das medidas de prevenção para enfrentar a ameaça terrorista, que na Itália é vivida com o temor.

(© UOL Notícias)

Para saber mais sobre este assunto (arquivo ItaliaOggi):

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