ItaliaOggi

                     Publicidade

 

Itália prende grupo acusado de exploração infantil no Brasil

12/12/04

 

Italianos dizem que turismo sexual no Brasil está crescendo


   A polícia italiana prendeu nesta terça-feira uma quadrilha que organizava turismo sexual, inclusive com crianças, para a cidade de Fortaleza.

   Entre os presos está a brasileira Angélica Ribeiro, de 31 anos, seu marido, o italiano Luigi Meraglia, de 48 anos, e outros dois donos de agências de viagens.

   Depois de mais de um ano investigando proprietários de sete empresas de turismo em diversas partes da Itália, as autoridades conseguiram prender em flagrante os três homens e a brasileira, acusados de enviar todos os anos pelo menos mil italianos à capital cearense.

   Os presos são acusados de explorar a prostituição infantil no Brasil e são proprietários de agências de turismo nas cidades de Torino, Palermo, Roma e Caltanissetta.

Parceria

   A polícia acredita que Angélica e Meraglia sejam os chefes do grupo.

   Se forem condenados pelos crimes de associação para delinqüir com a finalidade de turismo sexual e exploração da prostituição infantil, eles podem pegar de seis a 12 anos de prisão.

   "Estávamos acompanhando os passos dessas pessoas há um ano e meio", disse à BBC Brasil Dania Manti, coordenadora das investigações.

   "Conseguimos prendê-los graças a importante colaboração da polícia brasileira."

Menores

   Dania explicou que a operação organizada pelo comando de polícia de Roma estava investigando apenas as sete agências de viagens.

   Ela acredita que o número de pessoas envolvidas na organização do turismo sexual e de viajantes italianos seja muito maior.

   Durante o período de investigações, os policiais fingiram ser turistas a procura de aventura com meninas brasileiras e acabaram filmando e fotografando os movimentos dos italianos envolvidos com a prostituição infantil na capital do Ceará.

   A última operação foi feita há pouco mais de um mês, quando quatro policiais de Roma estiveram infiltrados num grupo de dezenas de italianos enviados a Fortaleza pelas agências de viagens envolvidas no caso.

   Alberto Intini, chefe da operação que capturou os quatro acusados, disse que os turistas italianos pagavam em torno de 2 mil euros pela viagem, incluindo hotel e a garantia de fazer sexo com menores de idade.

Investigação

   De acordo com ele, o preço poderia variar para mais, ou para menos, de acordo com a duração da viagem.

   Segundo Intini, a Polícia Federal brasileira trabalhou todo o tempo com os agentes italianos, realizando investigações em Fortaleza.

   A blitz realizada no início da madrugada foi coordenada pela Procuradoria da República da capital italiana.

   Além das prisões nas quatro cidades, também foram feitas operações, sem o registro de detenções, em Catanzaro, San Benedetto del Tronto e Catania, onde pessoas que estiveram no Brasil recentemente, uma ou mais vezes, foram procuradas em suas casas.

Garantia

   As capturas foram possíveis graças a uma lei aprovada em 1998 contra o fenômeno do turismo sexual, principalmente, tendo o Brasil como destino. A normativa italiana foi utilizada hoje pela primeira vez.

   Não é a primeira vez que italianos são envolvidos nesse tipo de crime. No final de outubro, a Polícia Federal prendeu no Rio de Janeiro um grupo de 11 pessoas, envolvidos com turismo sexual e pedofilia, entre eles quatro italianos.

   O grupo foi acusado de vender pela Internet pacotes de viagens a Recife e Fortaleza, com a garantia para os turistas de ter como acompanhantes prostitutas, incluindo até uma menina de cinco anos de idade.

   Os pacotes eram vendidos através de uma página na internet que já foi desativada.

   Pela garantia de ter sexo com uma brasileira, os clientes pagavam mil euros adicionais ao preço da viagem.

(© BBC Brasil)


Turismo sessuale: agenzie viaggi nel mirino

Quattro arresti, centinaia di perquisizioni

   Quattro persone arrestate della Squadra Mobile di Roma nelle indagini su una presunta organizzazione per viaggi in Brasile a sfondo sessuale. A capo dell'organizzazione il titolare di un'agenzia di Fortaleza, in Brasile, alla quale facevano riferimento alcune agenzie italiane che organizzavano il cosiddetto turismo sessuale, rivolto particolarmente a ragazzi e ragazze non maggiorenni. Le agenzie perquisite, oltre che a Roma, anche a Torino, Palermo, San Benedetto del Tronto, Catanzaro e in Sardegna.

   Le cifre sono spaventose: sarebbero due milioni i bambini tra i 6 e i 15 anni sfruttati sessualmente nel mondo, obbligati a prostituirsi dalle loro stesse famiglie o da organizzazioni criminali. A sottolineare il dato è l'Ecpat (onlus contro la prostituzione, la pornografia infantile e il traffico di minori a fini sessuali) commentando l'operazione condotta dalla polizia in varie città italiane nei confronti di titolari di agenzie turistiche che organizzavano viaggi a scopo sessuale in località brasiliane.

   Quanto allo sfruttamento sessuale dei minori in Brasile, le stime parlano di circa 100mila bambini coinvolti, mentre sono circa 80mila nelle Filippine, oltre 100mila nel triangolo Thailandia, Cambogia e Laos.

   «È una vera e propria industria organizzata - sostengono i responsabili della Onlus - e l'Italia sta sempre più diventando un luogo di transito soprattutto dai Paesi dell'Est europeo».

   Sul coinvolgimento di agenzie turistiche italiane nell'organizzazione di viaggi a sfondo sessuale, la notizia è arrivata come un macigno. Fino ad ora si pensava, o meglio si sperava, che non esistessero agenzie di viaggio e tour operator che organizzavano viaggi con tale scopo. La legge italiana parla molto chiaro: chi organizza o promuove viaggi finalizzati allo sfruttamento sessuale dei minori è punito con la reclusione da 6 a 12 anni e con una multa da 15mila a 150mila euro.

   Per quanto riguarda il cliente, invece, l'Ecpat sostiene che oltre ai pedofili e ai cosiddetti «clienti preferenziali», oggi si assiste al fenomeno emergente delle donne che vanno all'estero alla ricerca di soddisfazioni sessuali con ragazzini. C'é poi anche «il gruppo del perchè no», ossia di ragazzi giovani, normali, che studiano o lavorano, che hanno la ragazza, ma che per due settimane si dedicano a cercare ragazzine.

(© L´Eco di Bergamo)

Para saber mais sobre este assunto (arquivo ItaliaOggi):

ital_rosasuper.gif (105 bytes)
Escolha o Canal (Cambia Canali):
 
 

Rádio ItaliaOggi

 

 

© ItaliaOggi.com.br 1999-2004

O copyright pertence aos órgãos de imprensa citados ao final da notícia