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O diretor Bernardo
Bertolucci (acima) e abaixo, o elenco de seu filme Os
Sonhadores: Louis Garrel, Eva Green e Michael Pitt (esq. p/
dir.) |
Ao falar sobre seu
filme Os Sonhadores, que estréia sexta no País, o cineasta
italiano Bernardo Bertolucci afirma "sou viciado em cinema brasileiro"
Luiz Carlos Merten
São Paulo
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Há um culto a Os Sonhadores, o
novo filme de Bernardo Bertolucci, sobre o célebre Maio de 68. O
filme conta a história de um garoto americano que, por amor ao
cinema, aproxima-se de um casal de irmãos franceses, Isabelle e
Theo. Os dois mantêm uma ligação incestuosa. Envolvem o
estrangeiro nos jogos sexuais e cinematográficos. Os Sonhadores
foi recebido a pedradas pela crítica francesa. A revista
Cahiers despachou o filme numa meia dúzia de linhas. Na
Itália, a crítica dividiu-se e Bertolucci recebeu duros ataques.
No Brasil, Os Sonhadores foi o filme mais visto pelo
público no Festival do Rio. Na Mostra Internacional de São Paulo o
interesse das platéias repetiu-se.
Os Sonhadores estréia nos cinemas brasileiros. Por telefone, de
Roma, Bertolucci confirma que o filme forma um díptico com Beleza
Roubada, de 1996. Os dois tratam de Maio de 68, mesmo que, em
Beleza Roubada, o tema seja o rito de passagem da jovem interpretada
por Liv Tyler. Naquele filme, Jeremy Irons está morrendo de câncer e ele
representa os sonhos da geração de Maio de 68. "Tenho a sensação de que
foi por isso que quis tanto fazer Os Sonhadores´. Para oferecer
um contraponto à morte de Jeremy. Acho que ela poderia sedimentar essa
idéia tão difundida de que Maio de 68 foi um fracasso." O diretor não
concorda com essa avaliação - "Maio de 68 pode não ter instaurado a
revolução com que sonhávamos, mas resultou numa mudança profunda dos
costumes." Não só dos costumes. Bertolucci explica por que acha que até
o fato de o Brasil ser presidido por um antigo metalúrgico, o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, tem a ver com o espírito de Maio de 68.
Para o cineasta, Os Sonhadores tornou-se um filme necessário
porque ele sentiu que a juventude estava desinformada e perdendo todo
conhecimento sobre um período que foi rico e cujos desdobramentos ainda
não cessaram. "Os poderosos tentam convencer-nos de que as ideologias
morreram com o comunismo, mas não é verdade. Sem ideologia, não há
utopia. Sem utopia, não existe esperança e, sem ela, não existe futuro",
diz o diretor, que se considera, hoje como ontem, um sonhador.
Bertolucci explica por que fez de um dos vértices do triângulo um
americano em Paris. O americano, talvez, seja o personagem mais forte de
Os Sonhadores. Encarna uma consciência da violência e os limites
que o incestuoso (e decadente) casal europeu não possui. Isso pode
provocar polêmica se o filme for visto só na perspectiva atual, num
mundo dominado pelo presidente George W. Bush e o que ele representa.
"Maio de 68 foi isso - uma mistura de decadência e revolução", afirma o
diretor. Ele, falando para o Brasil, confessa, mais uma vez, a admiração
pelo Cinema Novo. Bertolucci ama não apenas o arauto do movimento
cinematográfico que surgiu no começo dos anos 1960, Glauber Rocha. Gosta
muito de Paulo César Saraceni (Porto das Caixas) e Leon Hirszman
(A Falecida). Como ele diz - "Sou viciado no cinema brasileiro."
Por que um filme sobre Maio de 68,
justamente agora?
Porque é o momento de lembrar quão
maravilhosa foi aquela experiência que vivemos há menos de 40 anos. Em
termos de história da humanidade, o prazo é mínimo, até irrelevante, mas
o espírito de Maio começava a se desvanecer e isso, para mim, era uma
traição a tudo aquilo pelo que lutamos, ou no que acreditávamos. Quando
se chega a uma certa idade, como eu (NR: Bertolucci tem 63 anos), a
gente se volta para a juventude como um tesouro. Não tento recuperar o
tempo perdido, mas mostrar aos jovens atuais, que parecem nada mais
saber sobre Maio de 68, o que foi aquela época e por que se tornou
mítica.
No Brasil, Tetê Moraes faz um
documentário chamado O Sol, sobre um jornal alternativo daquela
época, e entrevista várias pessoas que destacam o quanto Maio de 68 foi
importante para elas e o que significou. Um dos entrevistados, Zuenir
Ventura, diz que Maio de 68 representa algo tão forte que nunca morrerá,
mesmo que venha a permanecer na lembrança de poucos.
Pois eu queria multiplicar esses poucos.
Na Itália, é a mesma coisa. Existem jovens que combatem a globalização e
acreditam que um novo mundo é possível, desde que lutemos por ele. Nem
essa garotada sabia direito o que foi Maio de 68. Resolvi fazer o filme
para lembrar, sem nostalgia nem tristeza. Quando Os Sonhadores
estreou na Itália desencadeou uma polêmica. Muitos críticos e até
pensadores da Universidade escreveram que eu havia feito o filme errado,
que Maio de 68 foi um fracasso e eu não deixo isso claro. Como podem
falar em fracasso? Maio de 68 pode não ter selado a aliança dos
estudantes com os operários, que acreditávamos fundamental para mudar o
mundo, mas muita coisa mudou depois daquele ano, daquele mês e por isso
ele se tornou mítico. Com Maio de 68, sedimentou-se uma revolução dos
comportamentos que vinha sendo esboçada ao longo de toda aquela década.
Durante os protestos de Maio, os jovens beijavam-se nas ruas com
verdadeira licenciosidade. A revolução política e a sexual andavam
juntas. E aquilo mudou muita coisa. Antes de Maio de 68, beijar-se na
rua ou praticar atos que pudessem ser considerados obscenos podia dar
cadeia na Itália. Depois... O mundo mudou muito em termos de
comportamento e até consciência.
Mas não conseguimos fazer a revolução
que tanto amávamos, para pegar carona no título do filme famoso de seu
compatriota Ettore Scola (NR: Nós Que Nos Amávamos Tanto).
Houve uma revolução, mas não a política.
E essa revolução dos costumes não pode ser subestimada porque as coisas
não seguiram o rumo que queríamos. O fracasso que se atribui a Maio de
68 atirou muita gente na clandestinidade e na luta armada. O terrorismo
político dos anos 1970 gerou uma reação contrária na sociedade que
alicerçou o projeto dos poderosos. A repressão, a alienação, tudo isso
vem no bojo ou como conseqüência de Maio de 68. Creio que é tempo de
analisaremos tudo isso em profundidade. Espero estar contribuindo com
Os Sonhadores.
No começo de sua carreira, os críticos
costumavam defini-lo como uma soma de Luchino Visconti e Jean-Luc
Godard.
E eu tenho a impressão de que nunca fiz
ou disse nada que justificasse isso. Foi como uma etiqueta que me
colaram. Sempre gostei muito de Godard, da sua inquietação, do seu
ímpeto revolucionário que mudou a linguagem do cinema. Visconti era um
clássico, mas fez coisas extraordinárias no cinema, no teatro e na
ópera.
Permita-me fazer uma confissão
pessoal. Decorridos todos estes anos, "Rocco e Seus Irmãos" continua
sendo o meu filme preferido.
Respeito sua opinião, mas esta é uma
diferença grande entre nós. Meu filme preferido é Romance na Itália
(Viaggio in Italia), de Roberto Rossellini, que deu início ao cinema
moderno. Todos começamos ali. Todos os autores modernos de alguma forma
são filhos de Rossellini. Meu outro favorito é Francisco, Arauto de
Deus, também dele.
Mas eu pensava em Godard a propósito
de "Os Sonhadores". Godard antecipou Maio de 68 em "A Chinesa", por meio
daqueles jovens encerrados dentro de um apartamento, como o trio do seu
filme.
Se você quer saber se A Chinesa
foi uma referência... Sim e não. Não se pode ignorar que houve esse
filme e que existem semelhanças. Mas não foi algo consciente. Me pareceu
interessante mostrar esses jovens transgredindo, especialmente no sexo,
e depois ganhando a rua. Foi assim que as coisas se deram. Conversávamos
muito na escola, nos bares, nas casas de amigos. E então, um belo dia,
toda aquela conversa ganhou a rua.
Tenho de confessar-lhe uma coisa.
Tenho uma implicância com o personagem de Matthew em "Os Sonhadores".
Você está falando de Maio de 68, tudo bem, mas o que importa é a
perspectiva atual e, hoje, fazer de um americano o herói da sua
revolução é algo contra a corrente nesse mundo dominado por George W.
Bush e o que ele representa. No seu filme, os jovens europeus, Theo e
Isabelle, representam a decadência, com seus jogos incestuosos. E você
coloca Matthew como objeto de desejo dos dois, algo como uma força
positiva.
Mas Maio de 68 foi exatamente isso uma
soma de decadência e revolução. Queríamos mudar o mundo porque estava
decadente, com suas estruturas morais e políticas apodrecidas. Veja acho
que teria feito um filme panfletário se tivesse ignorado um personagem
como Matthew. Estaria sendo infiel aos fatos. Havia, em Maio de 68,
muitos americanos. E o movimento se expandiu de Paris para os campi das
grandes universidades dos EUA. Naquela época, muitos jovens americanos
fugiam para a Europa, o Canadá ou o Nepal para fugir da Guerra do
Vietnã. E eles queimavam suas convocações e a bandeira americana em
manifestações de rua. Talvez eu devesse ter mostrado isso. Conheci
muitos Matthews. Eles eram pacifistas, contra a guerra. Praticavam a
doutrina de paz e amor e depois viraram hippies, criando a
contracultura, que foi uma verdadeira revolução nos EUA e levou, anos
mais tarde, ao fim da guerra.
Então, se entendo, você fez de Matthew
um americano justamente para lembrar à juventude americana de hoje o que
faziam os jovens de 40 anos.
Pode-se dizer que sim, mas as coisas
nunca são assim tão planejadas. Nunca digo vou mostrar isso dessa
maneira para que as pessoas reflitam sobre o que estou dizendo. Seria
muito pretensioso de minha parte. É claro que quero dizer determinadas
coisas, induzir o espectador a pensar em outras, mas o cinema, para mim,
tem de ter uma base na realidade. E, se ele tem, os personagens terminam
por adquirir vida própria e eu tenho de segui-los em suas tradições.
É um filme de cinéfilo, cheio de
referências. Você estava em Paris em Maio de 68? Participou dos
protestos de atores e diretores contra a demissão de Henri Langlois, no
episódio envolvendo a Cinemateca Francesa?
Estava na Itália, mas acompanhava tudo
pelos jornais e pela TV, que estava descobrindo a instantaneidade e
transformava o mundo numa aldeia global. Telefonava todo dia para amigos
meus na França. E, na Itália, as coisas também iriam explodir em
seguida. Maio de 68 virou um protesto mundial.
Em "Último Tango em Paris", você
trancou Marlon Brando e Maria Schneider em outro apartamento e fez com
que representassem ousadas cenas de sexo. No Brasil, o filme foi
proibido pela censura do regime militar. Em "Os Sonhadores", voltam as
cenas ousadas de sexo. Você mostra o trio de atores - Michael Pitt, Eva
Green e Louis Garrel, em ousadas cenas de nu frontal...
Foi para ser fiel ao espírito libertário
de Maio de 68, não por voyeurismo, acredite. Disse que me interesso
pelos jovens, mas não a esse ponto, de querer fazer pornografia com
eles. E, depois, me pareceu que seria uma traição colocar a garota em nu
frontal, como é comumente aceito no cinema, mas não os garotos.
Tenho a impressão de que "Beleza
Roubada", que você fez há oito anos, e "Os Sonhadores" formam um díptico
sobre Maio de 68. Você começou pelo que seria o fracasso do movimento,
na morte do personagem de Jeremy Irons.
Exato e tenho a sensação de que foi isso
que quis tanto fazer "Os Sonhadores". Para oferecer um contraponto à
morte de Jeremy, que representava a geração de Maio de 68 naquele filme.
Confesso que prefiro "Beleza Roubada",
mas pode ser por um critério subjetivo. Tenho uma filha que se parece
muito com a Liv Tyler de "Beleza Roubada".
Dê um beijo em sua filha por mim. E,
olhe, fico contente que você goste de "Beleza Roubada". É dos meus
filmes mais criticados, mas eu tenho certeza que não é uma das minhas
obras menores.
Na França, "Os Sonhadores" ganhou o
título de "Os Inocentes", que não é a mesma coisa.
Não me pergunte como nem por que isso
aconteceu, porque não saberia responder-lhe. E não gosto desse título em
francês. O filme já nasceu na minha cabeça como "Os Sonhadores". Era o
que éramos. Queria justamente reviver aquele sonho. Há hoje um movimento
para alienar a juventude, para nos transformar a todos em consumistas.
Os poderosos incrustados na política e na mídia tentam nos fazer crer
que as ideologias morreram, mas não é verdade. E se elas morreram
precisamos ressuscitá-las. Não há utopia sem ideologia e se não existe
utopia não há esperança. Se não há esperança, não há futuro. Como
conviver num mundo sem futuro? Veja o caso de seu país. Vocês têm um
presidente que foi operário. A Espanha também tem um governante que foi
sapateiro. São coisas que confirmam o que lhe disse até agora. Maio de
68 não foi um fracasso. Deixou um legado. Vejo que existem muitas
críticas ao governo Lula, mais, até, no Brasil do que no exterior. Ele
não está fazendo o que as pessoas que o elegeram esperavam. Mas é muito
difícil. O governo Lula é como uma ilha cercada por mares bravios por
todos os lados. Cada conquista, por menor que seja, é importante, porque
se dá no quadro de um mundo inteiro contrário a idéias de justiça social
e harmonia.
(Neste ponto, Bernardo Bertolucci quer
saber do repórter de onde está falando. A entrevista foi realizada por
telefone, em Brasília, durante a realização do Festival do Cinema
Brasileiro.) . Ah, Brasília é uma cidade muito interessante. Estive
aí há alguns anos, participando de uma homenagem a Gianni Amico, que era
um grande amigo do cinema brasileiro na Itália. Devo confessar que o
Cinema Novo sempre me encantou, pela força de muitas imagens que
permanecem comigo.
Qual os seus filmes e diretores
preferidos do Cinema Novo?
Gosto muito de Glauber Rocha,
principalmente de Deus e o Diabo na Terra do Sol, mas também
tenho uma queda por A Falecida, de Leon Hirszman, e por aquele
filme do Paulo César sobre a mulher que mata o marido...
Paulo César Saraceni? O filme chama-se
Porto das Caixas. Paulo César está aqui em Brasília.
Quero então mandar um abraço para ele e
para todos os diretores brasileiros que aprecio. São tantos. Na verdade,
vou fazer uma confissão e ela não é exagerada, para ser simpático a você
nem a seu país. A verdade é que sou viciado no cinema brasileiro.
(©
estadao.com.br)
A revisão de
1968
O filme Os Sonhadores,
do italiano Bertolucci, julga transgressões sexuais e ações políticas
CLÉBER EDUARDO
Fotos: Divulgação
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SEDUÇÃO Michael Pitt
e Eva Green |
Praticante dos princípios do cinema moderno nos anos 60 e 70, quando
cultivava inquietações políticas e estéticas, o diretor italiano
Bernardo Bertolucci virou conservador. A prova está em Os Sonhadores,
que estréia na sexta-feira 10, depois de ser definido, por alguns
críticos europeus, como um exemplo de 'nostalgia reumática'.
O
porta-voz do cineasta é o narrador do filme, um jovem americano
apaixonado por cinema, que tem tarefa de julgar tudo a seu redor. A ação
acontece em Paris, no ano incendiário de 1968, quando a cidade virou
palco de protestos. Multidões iam à rua gritando slogans para proibir
proibições.
Ao
se envolver com um casal de irmãos incestuosos, com quem compartilha a
cinefilia e faz joguinhos sexuais, o personagem-narrador vive uma
transição: deixa de ser voyeur no cinema para se tornar protagonista de
uma aventura erótica. Parcialmente, ao menos. Mesmo brincando com o
fogo, ele quer segurança. E não se dispõe a correr riscos pela
subversão.
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TRIO Pitt, Louis
Garell e Eva fazem jogos sexuais |
Em
entrevista a Marcelo Bernardes, colaborador de ÉPOCA em Nova York, disse
Bertolucci: 'Maio de 1968 não fracassou'. Entre as palavras e a imagem,
há uma distância. Seu narrador é a voz da preservação de valores,
alérgico a ameaças, e induz a reprovação da sexualidade dos irmãos e da
disposição deles para a ação política. Julga com olhos atuais.
Bertolucci filma com igual conservadorismo. Sua evocação da
efervescência transformadora dos anos 60 é conduzida com todos os
cuidados para deixar tudo apaziguado. O retrato da cinefilia é de
almanaque, com exibição das cenas dos filmes citados. Seu máximo de
transgressão é aproximar a câmera dos corpos nus. Mas convém reconhecer
que há, sim, valor estético: na atriz Eva Green, a irmã incestuosa.
(©
Revista ÉPOCA)
Filmografia de
Bernardo Bertolucci
Graziela Salomão
Ousadia é uma das melhores palavras para definir o estilo do
diretor italiano Bernardo Bertolucci. Com movimentos de câmera
sofisticados, roteiros inteligentes e a coragem de experimentar
coisas novas em suas produções, Bertolucci já conquistou o Oscar
como Melhor Diretor por O Último Imperador e duas indicações
a Melhor Diretor e Roteiro por O Último Tango em Paris e O
Conformista, respectivamente.
Nascido em Palma, na Itália, Bertolucci ganhou fama como
poeta antes de se tornar um cineasta. Foi apenas com seu segundo
filme, Antes da Revolução, que ele se destacou no cinema, já
mostrando seu estilo político. Mesmo com uma perspectiva juvenil
nesta produção – pois Bertolucci tinha apenas 23 anos quando foi
rodado o filme -, são explícitas as implicações políticas
impregnadas em sua obra. Prova disso são, também, os filmes 1900,
O Confomista e O Último Imperador.
O talento de Bertolucci foi finalmente reconhecido pela
Academia de Hollywood em O Último Imperador, com o qual
conquistou nove Oscars. Sua nova produção é The Dreamers, que
mostra um estudante americano indo para a França no ano de 1968,
período marcado pelos protestos estudantis. O jovem torna-se amigo
de um casal de irmãos, com quem divide a paixão pelo cinema.
Filmografia de Bernardo
Bertolucci
The Dreamers (2003)
Ten Minutes Older: The Cello (2002)
Paradiso e Inferno (1999)
12 Registi per 12 Città (1998) - Documentário
Assédio (L'Assedio, 1998)
Beleza Roubada (Stealing Beauty, 1996)
O Pequeno Buda (Little Buddha, 1993)
O Céu que nos Protege (The Sheltering Sky, 1990)
O Último Imperador (The Last Emperor, 1987)
L'Addio a Enrico Berlinguer (1984)
A Tragédia de um Homem Ridículo (Tragedy of a Ridiculous Man,
1981)
La Luna (1979)
1900 (Nineteen Hundred, 1976)
O Último Tango em Paris (Last Tango in Paris, 1972)
La Salute è Malata o I poveri Morirono Prima (1971)
A Estratégia da Aranha (La Strategia del Ragno, 1970)
O Conformista (The Conformist, 1970)
Amore e Rabbia (1969)
Partner (1968)
La Via del Petrolio (1967)
Il Canale (1966)
Antes da Revolução (Before the Revolution, 1964)
La Commare Secca (1962) |
(©
Revista ÉPOCA)
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oficial de Os Sonhadores
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