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Laura Pausini se considera mais agressiva em seu novo álbum

Laura Pausani

Por Carlos del Amo

   Madri (EFE) - A italiana Laura Pausini deixou de ser a eterna adolescente e, aos 30 anos, mostra-se "muito mais agressiva" em seu último trabalho, "Escucha", novo álbum em espanhol depois do lançamento de "Entre tu y mil mares" há 4 anos e que, conforme o costume, lança ao mesmo tempo em italiano com o nome "Resta in ascolto".

   Em "Escucha", explica à EFE, é possível falar em "duas Lauras diferentes", uma que "continua sendo romântica e ligada à música italiana de sempre", com títulos como "Víveme" e "Amar
completamente", e outra "mais agressiva e com sons contundentes", com faixas como "Escucha atento" e "Mi perspectiva".

   "Isto não quer dizer que abandonei o passado, nem no âmbito pessoal, nem profissionalmente", comenta Pausini, pra quem, no entanto, "isso significa uma importante mudança na vida". "Aprendi a ser independente e a não sentir a necessidade de que me protejam, mas sim de proteger", justificou.

   Novamente apaixonada, depois dos maus momentos há dois anos com o fim do seu casamento, Laura Pausini começa a pensar na maternidade e diz "sentir a necessidade de transmitir" e se "abrir para novos valores, antes de tudo para o da independência".

   Apesar de tudo isso, a cantora comenta que mantém o estilo romântico, porque não pode se separar dele e, por isso, "deixaram-se os sons mais enxutos e procuraram-se a simplicidade e a ausência de reverberações, embora tudo isto seja observado melhor na versão italiana, porque minha gravadora aqui pediu para usar minha voz em tom alto e isso disfarça bastante a outra intenção".

   Ao vivo, "tudo isto ficará mais claro, inclusive quero dar uma nova roupagem às canções de sempre, para que no palco todas soem no mesmo sentido".

   Laura, que no final de 2001 resumiu toda sua carreira com um álbum de grandes sucessos e no ano passado estreou em inglês com "From the inside", não está muito feliz com sua experiência
americana. "Decidi fazer porque estava preparada, até renunciei em parte ao estilo italiano para me aproximar mais do gosto americano, mas no final nada saiu como eu queria".

   "O problema surgiu quando Atlantis decidiu colocar nas emissoras de rádio uma versão dance de uma das músicas do disco e em pouco tempo foi parar nos primeiros lugares das listas do Billboard Dance, algo que me incomodou muito porque não mostrava a Pausini real."

   O que seria uma longa campanha promocional nos EUA terminou em apenas uma entrevista e uma reunião com o presidente da gravadora em que Laura deixou claro que ela "não era uma nova Cher à italiana, que era uma falta de respeito e que não tinha gastado quatro anos da vida para isso". Então, fez as malas e voltou para a Itália.

   Agora, Laura Pausini tem sobre a mesa um contrato em branco dos novos diretores da gravadora, para que ela imponha as condições de um segundo álbum em inglês, mas por enquanto prefere se concentrar em promover seu novo disco em italiano e espanhol, o que levará pelo menos um ano.

(© UOL Últimas Notícias)

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