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Cartaz do Festival
Latino Americano de Trieste, edição 2003 |
da France Presse, em Roma
O filme "Contra Todos", primeiro longa do roteirista Roberto Moreira na
direção, será o representante brasileiro no 19º Festival
Latino-americano de Trieste (norte da Itália), onde 150 filmes (curtas e
longas-metragens), muitos inéditos na Europa, serão apresentados entre
23 e 31 de outubro.
Idealizado pelo cineasta argentino Fernando Birri, o festival selecionou
na mostra competitiva 15 longas-metragens produzidos na região.
Entre os selecionados estão:
- "Cielo Blanco, Cielo Azul", de Paula de Luque e Sabrina Farji
(Argentina)
- "Contra Todos", de Roberto Moreira (Brasil)
- "Dar de Nuevo", de Attilio Perin (Argentina)
- "Donde Acaban los Caminos", de Carlos García Agraz (Guatemala)
- "El Atraco", de Paolo Agazzi (Bolívia)
- "El Viaje Hacia el Mar", de Andrés Casanova (Uruguai)
- "Festivbercine.ron", de Gabriel Retes (México)
- "Julia, Toda en Mi...", de Ivonne Belén (Porto Rico)
- "Subterra", de Marcelo Ferrari (Chile)
- "Ojos que no Ven", de Francisco J. Lombardi (Peru)
O cineasta chileno Patricio Guzmán, autor de vários documentários sobre
a ditadura militar chilena (1973-90), receberá o prêmio Salvador
Allende, criado no ano passado para obras particularmente comprometidas.
Os organizadores da mostra anunciaram que o novo prêmio especial "Itália
na América Latina" será entregue ao boliviano Paolo Agazzi, por seu
trabalho na busca de suas raízes e vínculos com a pátria de seus
antepassados.
O festival, cuja programação será exibida sucessivamente em várias
cidades italianas, entre elas Bolzano, Milão, Roma e Verona, convidou
como jurados o cubano Antonio Fernández, o chileno Agustin Olavarría, o
argentino Humberto Ríos e os italianos Sergio Germani, Marco Lombardi e
Giancarlo Zagni.
Entre as novidades desta edição está uma seção dedicada à "Presença
judaica na América Latina", com material cinematográfico de diretores de
origem judia, e uma homenagem ao Chile de Pablo Neruda para celebrar o
centenário de nascimento do poeta chileno e prêmio Nobel de Literatura.
(© Folha de S. Paulo)
L'altra
America in Festival
In cartellone opere da Cile, Cuba e non solo. A
Trieste, Roma, Milano, Bolzano...
Diego Giuliani
150 titoli in cartellone, opere
da oltre 20 paesi e un programma itinerante che lo porterà anche a Roma,
Milano e tante altre città. E' il XIX Festival del Cinema Latino
Americano in programma a Trieste dal 23 al 31 ottobre. Una
manifestazione lontana dallo star-system e dedicata a film perlopiù
sconosciuti al grande pubblico, con il dichiarato scopo di gettare un
ponte fra realtà molto distanti.
"Il cinema
latinoamericano sta vivendo un momento d'oro - dice il direttore del
festival Rodrigo Diaz -, il pubblico sta tornando nelle sale, l'ondata
dei nuovi registi è inarrestabile. Ma di tutto questo in Italia arriva
troppo poco". "Basta quindi con gli sterili accordi bilaterali -
prosegue -. Quello che ci proponiamo è di offrire un'occasione di
incontro a tutto tondo, per sensibilizzare le istituzioni italiane e
gettare le basi per un programma di cooperazione multilaterale". Ai 17
film in concorso, selezionati privilegiando produzioni indipendenti e
paesi che non abbiano una propria industria cinematografica, il compito
di "fornire uno spaccato delle preoccupazioni e degli umori che
attraversano oggi l'America Latina". Ospite eccellente lo scrittore Luis
Sepulveda che consegnerà il premio Salvador Allende al documentarista
cileno Patricio Guzman.
Fulcro della
manifestazione sarà l'omaggio al poliedrico cineasta argentino Leonardo
Favio, di cui verrà riproposta l'opera omnia a partire dal più noto
Cronica de un nino solo. "Sfatare gli stereotipi invalsi nel mondo
occidentale" è invece lo scopo di un omaggio al cinema cubano degli anni
'80, che passerà per registi come Fernando Perez, Daniel Diaz Torres e
Tomas Gutierrez Alea.
Per la seconda
volta al festival, una sezione dedicata alle testimonianze ebree nei
film latinoamericani affiancherà poi quella riservata alle nuove
tecnologie: "Uno strumento democratico e alla portata di tutti - spiega
Diaz -, che consente anche ai cineasti con risorse più limitate di
esprimersi e raccontare il proprio paese". Istituito quest'anno, il
premio "Italia in America Latina" sarà infine consegnato al regista
Paolo Agazzi, per aver promosso e valorizzato la cultura italiana, con
il suo impegno artistico in Bolivia. Nei mesi di novembre e dicembre,
una selezione dei film in cartellone sarà riproposta a Bolzano, Milano,
Roma, Verona, Cremona e Brescia.
(© Cinematografo)
Movie
masterpieces
Ennio Morricone
BMG
Nelson
Gobbi
Já não se fazem mais trilhas sonoras como antigamente! Descontando toda
a dose de nostalgia cinematográfica, a afirmação não deixa de ser
verdadeira. Nem tanto pela qualidade das composições atuais, mas pela
própria ordem econômica estabelecida na sétima arte. Há muito o lucro de
um filme não vem apenas de sua bilheteria, cada produção já nasce
envolta no universo do merchandising. Seguindo tal orientação
mercadológica, a trilha sonora aos poucos deixou seu papel dramático na
narrativa para converter-se em mais um produto extra-tela, de
preferência em um formato próximo de uma coletâneas de sucessos. Essa
tendência tornou-se imperativa em Hollywood principalmente após os anos
90, com o sucesso das (excelentes) compilações feitas por Quentin
Tarantino para seus filmes. (Cabe a ressalva: é possível atingir um
resultado autoral mesmo sem contar com uma só música original, como
provou o diretor de Kill Bill).
Paralelamente ao novo contexto mercadológico, o cinema vai perdendo
seus grandes mestres da música: em agosto foi a vez de Elmer Bernstein,
autor de trilhas antológicas como as de Os dez mandamentos e O
homem do braço de ouro, morrer aos 82 anos. Portanto, sobram motivos
para homenagens aos grandes compositores remanescentes. Daí a
importância da coletânia Movie masterpieces - Ennio Morricone: a
celebração da obra de um dos maiores compositores da história do cinema,
membro de uma elite que inclui outros gênios como Bernard Herrmann, Nino
Rota, Henry Mancini e John Williams.
O disco reúne algumas das mais importantes composições do maestro
italiano para o cinema, desde o início de sua carreira nos fenomenais
westerns spaghetti de Sérgio Leone até o tema Death rides a horse,
de 1967, selecionado por Quentin Tarantino para Kill Bill vol 1.
Longe das imagens as quais estão vinculadas, é possível verificar a
força da obra de Morriconne. Cada música tem sua própria aura, de modo
que é possível visualizar o trecho dos filmes aos quais pontua. A
célebre sequência da "grua" do início do clássico Era uma vez no
Oeste se desenha na mente tão logo soam os acordes inicias de sua
trilha, assim como Deborah's theme traz a lembrança a idílica
cena do jovem delinquente que espia sua amada dançando balé, em Era
uma vez na América, ambos do diretor italiano de Sérgio Leone.
A versatilidade do maestro italiano é atestada pela diversidades de
gêneros para os quais compôs. Suas trilhas complementam narrativas
teoricamente distintas, como Cinema Paradiso, de Giuseppe
Tornatore, A missão, de Roland Joffé, ou Os intocáveis, de
Brian De Palma. Se a coletânea é um maná para os cinéfilos em geral, são
os amantes do western quem mais podem se fartar. O disco traz as
gravações de clássicos do gênero, como a insuperável "trilogia dos
dólares" de Sérgio Leone, que inclui temas de longas-metragens como
Por um punhado de dólares, Por uns dólares a mais e O bom,
o mau e o feio, cuja trilha tornou-se uma das mais fortes referência
sonoras no universo do "bangue-bangue". E como não poderia deixar de
ser, o álbum traz The man with the harmonica, tema do misterioso
protagonista de Charles Bronson em Era uma vez no Oeste, uma
verdadeira ópera do gênero.
(© JB Online)
Visite o site do
XIX Festival del Cinema Latino Americano
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