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Itália acaba com o serviço militar obrigatório

Silvio Berlusconi visitando tropas italianas no Iraque

   ROMA (AFP) - Os deputados italianos aprovaram em último turno uma lei que cria um exército profissional e suprime, a partir de 1º de janeiro de 2005, o serviço militar obrigatório instaurado há 143 anos.

   Com 433 votos a favor, 17 contrários, todos da ala comunista, e sete abstenções dos Verdes, o Parlamento da Itália aprovou a lei.

   A última geração que terá que participar do serviço militar obrigatório é a de 1985, com exceção dos que já estão isentos por causa dos estudos.

   "É uma medida histórica que representa uma vantagem para os jovens, para os quais o serviço militar atrasava sua entrada no mundo do trabalho. Também é uma vantagem para o exército, que não pode permitir-se enviar a missões delicadas no exterior pessoas que são obrigadas a usar o uniforme e carecem de preparação", comemorou o ministro da Defesa, Antonio Martino.

   Com o objetivo de garantir oficiais suficientes para as Forças Armadas, a lei prevê um serviço militar obrigatório de um ano para todos os jovens que desejam entrar para a corporação dos carabineiros, da polícia, dos serviços de alfândega ou dos bombeiros.

   Durante este ano, os jovens receberão salário de 850 euros ao mês durante o primeiro trimestre e de 980 euros no período restante.

   Desde 1997, o serviço militar obrigatório durava 10 meses na Itália. Na década de 70, durava 12 meses no exército e na aeronáutica e 18 meses na marinha.

(© UOL)


Grupo vinculado à Al Qaeda diz que Berlusconi será o próximo alvo

   CAIRO - Um grupo extremista vinculado à Al Qaeda ameaçou lançar uma onda de ataques na Europa e advertiu que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, será seu próximo alvo.

   Segundo a rede de televisão árabe Al Arabiya, esta ameaça foi anunciada em comunicado difundido através de um site islamista e assinado pelas ‘Brigadas de Abu Hafs al Masri’.

   Na nota, o grupo advertiu: ''sacudiremos as cidades européias e começaremos contigo, Berlusconi''.

   A nova ameaça ocorre cerca de dez dias depois que a mesma organização exigia, em comunicado similar, a renúncia do primeiro-ministro italiano e ameaçava a Itália de uma onda de atentados, caso suas exigências não fossem cumpridas.

   As ‘Brigadas de Abu Hafs al Masri’ assumiram até o momento a autoria de vários atentados, entre eles o de Madri, em 11 de março, que mataram 191 pessoas.

   Uma nota anterior assinada pelo mesmo grupo e publicada em 2 de julho pelo jornal árabe internacional ‘Asharq Al Awsat’ lembrava que os três meses de trégua dados à Europa em meados de abril pelo líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, estavam a ponto de expirar.

   Em sua mensagem, Bin Laden exigiu aos países europeus que ‘saiam da terra muçulmana e acabem com seus ataques contra o Afeganistão, Iraque e a Península Arábica, pois em caso contrário a Europa será considerada como um aliado dos EUA em sua agressão contra os muçulmanos’.

   A Itália enviou cerca de 3 mil soldados ao Iraque depois da queda do regime de Saddam Hussein, em 9 de abril.

   Em novembro, 19 militares italianos morreram num atentado perpetrado com carro-bomba na cidade de Nassiriya, cerca de 350 quilômetros ao sul de Bagdá, onde se encontra destacado o contingente.

   Outro soldado italiano perdeu a vida no mês de maio em Nassiriya, vítima dos graves ferimentos sofridos em confrontos com seguidores do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr.

(© JB Online)


Itália diz que resistirá a ameaças terroristas e manterá tropas no Iraque

   ROMA - O ministro italiano das Relações Exteriores, Franco Frattini, afirmou hoje, que o governo de Roma recebeu com seriedade as ameaças dos grupos terroristas, mas que não os assustam, e reafirmou que a Itália não se retirará do Iraque.

   ''O governo de (Iyad) Allawi pediu que permaneçamos, e o objetivo dos terroristas é o oposto'', mas se sabe que eles ‘são inimigos da democracia’, afirmou Frattini em resposta às ameaças feitas pelas Brigadas Abu Hafs al Masri, grupo ligado à Al Qaeda, que anunciou uma guerra sangrenta contra a Europa, que começaria com a Itália e com o primeiro-ministro Silvio Berlusconi.

   O chefe da diplomacia italiana disse que a ameaça do terrorismo os ‘acompanha desde 11 de setembro’ e que o governo de Berlusconi responde com a ‘prevenção’ e ‘linha de firmeza’.

   ' Frattini acrescentou que a Itália continuará participando da reconstrução do Iraque, ‘junto ao governo de Bagdá, à ONU e no contexto europeu’. A Itália tem no Iraque um contingente formado por 2.700 militares na região de Nassiriya.

   As Brigadas Abu Hafs al Masri divulgaram nas últimas horas pela internet suas ameaças contra a Europa e a Itália, alegando que ‘não voltaram ao caminho certo’, uma vez terminada a ‘trégua’ de três meses que Osama bin Laden ofereceu em 15 de abril para que todas as tropas estrangeiras abandonassem o Iraque, o Afeganistão e outros países muçulmanos.

(© JB Online)

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