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Quadro de Modigliani arrematado por US$ 5,9 milhões


 

Retrato de Jeanne Hebuterne

Obra, de 85 anos, tem uma história trágica, já que o autor morreu pouco depois de concluí-la e a amante, retratada, se matou em seguida

   Londres - Um quadro de Amedeo Modigliani retratando sua amante e musa Jeanne Hebuterne foi arrematado em Londres por 3,25 milhões de libras (4,9 milhões de euros ou 5,95 milhões de dólares), informou a Casa Christie´s. "Retrato de Jeanne Hebuterne" estava avaliado em entre 1,5 e 2 milhões de libras, e o valor pago superou "amplamente as expectativas".

   O quadro, nunca leiloado e pouco divulgado desde sua pintura, há 85 anos, tem uma história trágica, já que Modigliani morreu em 1920, pouco depois de concluir a obra, e Jeanne Hebuterne, que estava grávida, se matou pulando de uma janela após a morte do amante. O comprador não foi identificado pela Christie´s.

   Amedeo Clemente Modigliani foi um artista bonito e boêmio, que gostava de drogas, álcool e mulheres. Morreu aos 35 anos de tuberculose. A sua cinebiobrafia foi filmada em 2004 com Andy Garcia no papel de Modigliani, no filme homônimo.

   Segundo o site da CBS, O Museu Judaico de Nova York realizou no último verão a maior retrospectiva sobre Modigliani em mais de 50 anos, reunindo perto de 100 pinturas, esculturas e desenhos do artista, e agora pode ser vista na Phillips Collection, em Washington.

   Modigliani era o caçula dos quatro filhos de Flaminio e de Eugenia Modigliani. Nasceu em 12 de julho de 1884, em Livorno, na Toscana, em uma família pertencente à burguesia judaica, mas que perdeu a fortuna devido a uma crise econômica na Itália, na época de seu nascimento.

   Modigliani cresceu num ambiente literário e filosófico. Estudou arte na Itália, mas mudou-se para Paris em 1906. Sua obra sofreu influência de Toulouse-Lautrec e de Edvard Munch. Ficou amigo do escritor Max Jacob, teve um romance com a poetisa russa Anna Achmatova, e uma relação tempestuosa com a jornalista inglesa, Beatrice Hastings, que começou em 1914 e durou dois anos, período em que foi modelo preferida de seus retratos. Depois foi a vez de Jeanne Hébuterne. Eles moraram juntos em Paris e diante da ameaça de invasão pelas tropas alemãs em 1918, mudaram-se para a costa mediterrânica. Em Nice, nasceu a primeira filha do casal, que ganhou o nome da mãe e foi reconhecida por Modigliani como sua filha. Quando finalmente estava prestes a se casar com Jeanne, novamente grávida, veio a tuberculose e a fatalidade. Sua biografia foi escrita pela filha, que foi criada pela avó. (AFP)

Saiba mais sobre o filme.
Visite o site do museu.

(© estadao.com.br


Museu mantém data de Salvatore Emblema

Ana Wambier

   Faltam poucos dias para que a exposição do pintor italiano Salvatore Emblema comece oficialmente no Rio e o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), que abrigará a mostra, ainda não sabe o que vai acontecer com seus funcionários em greve, que analisam a possibilidade de voltar a trabalhar excepcionalmente durante a exibição. Na terça-feira, uma reunião entre o comando de greve e uma comissão do Ministério da Cultura, que se dispôs a vir ao Rio para dialogar com a classe, parece ter ajudado nas negociações, mas a resposta dos grevistas só sai mesmo na semana que vem, na véspera do vernissage.

   Esta semana, Paulo Herkenhoff, diretor do MNBA, demonstrou calma diante da situação. Não foi categórico para afirmar que a exposição conseguirá furar a mobilização em torno da greve, mas soou otimista.

   — Não tenho nenhum motivo para achar que a exposição não vá abrir. Vejo uma disposição geral de conversar — ponderou.

Iphan organizou encontros com grevistas do Rio

   Na segunda-feira, o diretor do Departamento de Museus do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), José do Nascimento Jr., iniciou uma rodada de diálogos com os funcionários de cada uma das instituições vinculadas ao Ministério da Cultura. Sua missão foi sugerir, em conversas quase informais, que os funcionários repensem a situação e avaliem a possibilidade de manifestar suas reivindicações de maneira diferente.

   — Sei que é difícil voltar a trabalhar sem nenhuma proposta na mão. Por isso, proponho que o estado de greve seja mantido, mas a tática renovada — defendeu Nascimento, que percorreu os museus Chácara do Céu (Castro Maya), Nacional de Belas Artes, Villa-Lobos e Imperial de Petrópolis e visitará hoje o Histórico Nacional e o da República.

   Outra notícia também pareceu animar os funcionários: o Ministério do Planejamento enviou esta semana ao Ministério da Cultura um ofício formalizando a proposta de conceder a gratificação dos funcionários da Cultura a partir de janeiro.

   O envio deste documento era uma das questões principais exigidas pelo comando de greve. O comando de greve também se animou com a notícia de que ontem o Governo lançou o edital para a contratação de 148 pessoas para vagas no Iphan, que há 20 anos não tinha concurso.

   Mesmo diante das boas notícias, os funcionários só tomarão uma decisão na segunda-feira, depois que uma comissão de grevistas tiver voltado de Brasília, onde foi tentar uma negociação com o Ministério do Planejamento.

   A exposição “Salvatore Emblema — Cor e trasparência” chegará ao MNBA neste fim de semana para sua montagem. A abertura para convidados continua marcada para terça-feira.

(© O Globo)

Para saber mais sobre este assunto (arquivo ItaliaOggi):

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