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Libertada refém italiana no Afeganistão


 

Clementina Cantoni

Seqüestro de Cantoni comoveu afegãs ajudadas por ela em ONG humanitária; Roma e Cabul dizem que não houve concessões

DA REDAÇÃO

   Foi libertada ontem a italiana Clementina Cantoni, 32, seqüestrada em 16 de maio no Afeganistão. O porta-voz do ministério afegão do Interior, Latfullah Mashal, disse que seu governo não fez concessões aos seqüestradores, e que a Itália não chegou a pagar nenhum resgate.

   Cantoni trabalha para a entidade humanitária Care International. Ela estava no país desde março de 2002 e dirigia, desde setembro do ano seguinte, um programa de distribuição de alimentos e microprojetos de comércio junto a 11 mil viúvas em Cabul. Seu seqüestro comoveu o país e levou as mulheres afegãs às ruas por vários dias, em manifestações que pediam sua libertação.

   Ela foi seqüestrada quando o automóvel que a transportava com uma colega de trabalho foi abordado por homens armados no centro da capital afegã.

   Entre as personalidades que intercederam com declarações ou negociações por sua libertação estavam o papa Bento 16, o presidente afegão, Hamid Karzai, e o presidente italiano, Carlo Ciampi. Viúvas afegãs fizeram várias manifestações de rua por ela.

   O porta-voz afegão disse que a libertação de Cantoni foi obtida por meio de negociações das quais participaram líderes religiosos e senhores da guerra, que controlam por mecanismos feudais as diferentes regiões do país.

   A Care International é uma organização humanitária que atua com cerca de 12 mil pessoas em projetos de auxílio às populações mais carentes de 70 países.

  Na semana passada um canal de TV afegão divulgou um breve vídeo em que a refém aparecia ladeada por dois homens que lhe apontavam metralhadoras e diziam que a poderiam matar.

   Anteontem, o chefe da diplomacia italiana, Gianfranco Fini, declarou que Cantoni estava viva, em boa saúde, e que seu seqüestro não estava vinculado ao terrorismo internacional.

   O chefe dos seqüestradores seria Timur Shah, que não divulgou comunicado com suas exigências. Mas a polícia afegã disse que ele queria trocar a vida da refém estrangeira pela libertação de sua própria mãe, presa por motivos criminais. Autoridades afegãs e emissários italianos teriam participado das negociações na Província de Logar, ao sul de Cabul.

   Foi em Logar que, no final da tarde de ontem, Clementina procurou um grupo de policiais e se identificou ao ser libertada. Um comboio policial foi buscá-la.

   Já na capital afegã, e nas dependências do Ministério do Interior, ela telefonou para sua família, em Milão, e conversou por telefone com autoridades italianas. O ministro Fini, que estava ontem à noite em Luxemburgo, disse estar "imensamente aliviado" com o final satisfatório do episódio.

   Há em Cabul cerca de 2.000 civis estrangeiros, sobretudo diplomatas, funcionários de organismos internacionais e de ONGs.

   Em maio, três funcionários do Banco Mundial, dois americanos e um italiano, escaparam de uma tentativa de seqüestro. Em abril o mesmo ocorrera com um civil americano, que escapou do porta-malas de um automóvel no qual os seqüestradores o colocaram.

   Entre os episódios com desfecho infeliz há a morte de um engenheiro turco, cujo corpo foi achado 24 horas após seu seqüestro, perto do Paquistão. E o da francesa Bettina Goislard, 29, funcionária da ONU, seqüestrada e morta, provavelmente por terroristas islâmicos, no final de 2003. (Com agências internacionais)

(© Folha de S. Paulo)

Clementina Cantoni rientra in Italia nel pomeriggio

   ROMA/KABUL (Reuters) - Clementina Cantoni, l'operatrice umanitaria liberata ieri sera dopo 24 giorni di sequestro a Kabul, sta bene e il suo rientro in Italia è atteso nel pomeriggio a Roma. Lo ha detto il ministero degli Esteri italiano.

   "L'arrivo è previsto verso le 16 all'aeroporto di Ciampino", ha detto un portavoce della Farnesina.

   Cantoni, che lavora per l'organizzazione non governativa Care International, ha trascorso la notte nell'ambasciata italiana a Kabul.

   Le tv hanno mostrato le prime immagini della giovane - riprese da un'emittente afghana - dopo la liberazione. Clementina appariva stanca, con un abito lungo scuro con maniche corte e una sciarpa azzurra a coprirle i capelli.

   "Ha mangiato un piatto di spaghetti aglio, olio e peperoncino", ha detto ieri sera al telefono alla Rai l'ambasciatore italiano a Kabul Ettore Sequi.

   "Abbiamo parlato con Clementina e sta bene", ha detto ai giornalisti il padre della giovane, Fabio Cantoni, parlando ieri sera alle tv fuori dalla sua abitazione a Milano, dove ha ricevuto la notizia assieme alla moglie e al figlio. I famigliari dovrebbero attendere a Ciampino il suo arrivo.

FINI: SEQUESTRO ANOMALO

   Le autorità afghane non hanno voluto rendere note le richieste dei rapitori né la loro identità, salvo il precisare che non erano militanti islamici, ma criminali.

   Il presidente dell'Afghanistan Hamid Karzai "ha lodato l'operato del ministero dell'interno e delle altre forze di sicurezza, gli sforzi di alcuni ulema e leader tribali, e le espressioni di solidarietà di gruppi di donne in Afghanistan, che hanno portato alla risoluzione del caso dell'ostaggio", si legge in una nota.

   Il ministro degli Esteri Gianfranco Fini ha dichiarato che "è stato un sequestro anomalo, collegato a motivazioni di carattere estorsivo-criminale", precisando che a gestire la trattativa è stato il governo di Kabul.

   Ricostruendo le difficoltà del sequestro, Fini ha detto che "c'è stata una serie interminabile di intermediari veri o presunti", ma "finalmente abbiamo ritrovato il bandolo della matassa".

   "Il governo afghano ha tenuto fede agli impegni che (il presidente Hamid) Karzai aveva preso con me quando gli avevo chiesto di non dar corso a nessuna operazione di polizia se non autorizzata dal governo italiano", ha spiegato Fini.

   "Un'autorizzazione che non ci sarebbe mai stata perché per noi l'unica vera reoccupazione, sapendo che Clementina era viva, era di riportarla a casa senza correre nessun rischio".

   Nei 24 giorni del sequestro erano stati lanciati vari appelli da familiari e collaboratori della Cantoni: la madre Germana in un messaggio aveva supplicato i rapitori di rilasciare la figlia. Ma anche il presidente Ciampi e Papa Benedetto XVI avevano chiesto la liberazione di Clementina.

   Fini ha ricordato che questi appelli sono stati importanti per giungere alla liberazione, come lo è stata la mobilitazione delle donne di Kabul.

(© Reuters)

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