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A 51.ª Bienal de Veneza dá a largada

09/06/2005

A instalação O Final do Eclipse, do artista brasileiro José Damasceno é exibida no pavilhão dos Estados Unidos, na 51. ª Bienal de Veneza

A 51.ª Mostra Internacional de Arte, iniciada hoje em Veneza com um vernissage antes de ser aberta ao público no próximo domingo

   Veneza - Davide Croff, presidente da Bienal de Veneza, deu um parecer bastante positivo sobre a 51.ª Mostra Internacional de Arte, iniciada hoje em Veneza com um vernissage antes de ser aberta ao público no próximo dia 12. "Me parece ser uma mostra de extremo interesse. Estou muito contente e as duas curadoras fizeram um trabalho excelente, assim como todo o pessoal da Bienal".

   Para Croff, as apresentações - articuladas nas duas mostras A Experiência da Arte no Pavilhão Itália, assinada por Maria de Corral, e Sempre um Pouco mais Distante, no Arsenal, por Rosa Martinez - souberam corresponder às expectativas: foram feitas algumas mudanças, o número de artistas foi reduzido em relação às outras edições; é uma mostra muito espaçosa que permite uma visão adequada dos artistas presentes.

   Outro aspecto, para Croff, é que os espaços do Pavilhão Itália e do Arsenal "se mostraram ambientes incríveis para esse tipo de mostra. O Pavilhão Itália foi transformado em museu". Para o presidente da Bienal, há uma complementaridade entre as duas mostras: "elas não se opõem, mas mostram as várias maneiras na qual a arte contemporânea se manifesta hoje".

   Há ainda o fato positivo e nada secundário da especial "atenção reservada às mulheres". "É a primeira vez na história da mostra em que há duas curadoras e isso faz parte do papel da Bienal de ser capaz de entender esses aspectos". Croff espera que a atenção seja concentrada nas obras e instalações, e que seja superada a polêmica que caracterizou os dias anteriores à abertura da mostra, especialmente pela ausência de um pavilhão italiano cuja inauguração está prevista para 2006.

   "Há ainda um outro aspecto que gostaria de ressaltar, que é o da capacidade da organização da Bienal de se adaptar a diversas exigências", indicando a realização de locais para alimentação, de uma ampla área para a imprensa, e de uma livraria. Para o presidente, todos são sinais do desejo da Bienal de saber responder, ao mesmo tempo, ao seu papel cultural e àquele de ser "uma máquina eficiente" a serviço dos projetos da curadoria e das exigências do público. "Espero que nosso esforço seja notado", conclui Croff. (Ansa)

(© estadao.com.br)


Ismael Ivo abre Festival de Dança da Bienal de Veneza

Suzana Velasco - O Globo

   RIO - O Festival de Dança da Bienal de Veneza será aberto nesta quarta-feira com um espetáculo inédito do coreógrafo brasileiro Ismael Ivo, que também é diretor do festival. Ivo vai apresentar "Erendira", inspirado na obra "A incrível e triste história de Cândida Erendira e sua avó desalmada", de Gabriel García Marquez. O espetáculo terá vídeos feitos com prostitutas, filmados pelos próprios bailarinos durante os ensaios em São Paulo. Quarta-feira também haverá uma apresentação de índios xavantes do Mato Grosso.

   - Convidei os índios para um ritual do fogo a céu aberto. Pedi para eles não só apresentarem o ritual, mas deixarem o público assistir como se preparam e pintam o corpo. A idéia do festival é discutir toda a cultura do corpo - diz Ismael Ivo.

   Para debater sobre o corpo, o coreógrafo organizou uma série de mesas-redondas durante o festival. Quatorze companhias de dança vão se apresentar até 2 de julho.

(© Globo Online, 07.06.2005)

Para saber mais sobre este assunto (arquivo ItaliaOggi):

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