A 51.ª Mostra Internacional de Arte, iniciada hoje em Veneza com um
vernissage antes de ser aberta ao público no próximo domingo
Veneza
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Davide Croff, presidente da Bienal de
Veneza, deu um parecer bastante positivo sobre a 51.ª Mostra
Internacional de Arte, iniciada hoje em Veneza com um vernissage antes
de ser aberta ao público no próximo dia 12. "Me parece ser uma mostra de
extremo interesse. Estou muito contente e as duas curadoras fizeram um
trabalho excelente, assim como todo o pessoal da Bienal".
Para Croff, as apresentações -
articuladas nas duas mostras A Experiência da Arte no Pavilhão
Itália, assinada por Maria de Corral, e Sempre um Pouco mais Distante,
no Arsenal, por Rosa Martinez - souberam corresponder às expectativas:
foram feitas algumas mudanças, o número de artistas foi reduzido em
relação às outras edições; é uma mostra muito espaçosa que permite uma
visão adequada dos artistas presentes.
Outro aspecto, para Croff, é
que os espaços do Pavilhão Itália e do Arsenal "se mostraram ambientes
incríveis para esse tipo de mostra. O Pavilhão Itália foi transformado
em museu". Para o presidente da Bienal, há uma complementaridade entre
as duas mostras: "elas não se opõem, mas mostram as várias maneiras na
qual a arte contemporânea se manifesta hoje".
Há ainda o fato positivo e
nada secundário da especial "atenção reservada às mulheres". "É a
primeira vez na história da mostra em que há duas curadoras e isso faz
parte do papel da Bienal de ser capaz de entender esses aspectos". Croff
espera que a atenção seja concentrada nas obras e instalações, e que
seja superada a polêmica que caracterizou os dias anteriores à abertura
da mostra, especialmente pela ausência de um pavilhão italiano cuja
inauguração está prevista para 2006.
"Há ainda um outro aspecto que
gostaria de ressaltar, que é o da capacidade da organização da Bienal de
se adaptar a diversas exigências", indicando a realização de locais para
alimentação, de uma ampla área para a imprensa, e de uma livraria. Para
o presidente, todos são sinais do desejo da Bienal de saber responder,
ao mesmo tempo, ao seu papel cultural e àquele de ser "uma máquina
eficiente" a serviço dos projetos da curadoria e das exigências do
público. "Espero que nosso esforço seja notado", conclui Croff.
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