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Visitante fotografa a Monalisa, no Museu do Louvre, em Paris |
Suposta paralisia que atingiu o artista
em seus últimos anos de vida pode tê-lo impedido de concluir obras
como a Monalisa
Vinci -
Algumas obras-primas
de Leonardo da Vinci, como a célebre Monalisa e Santa Ana,
poderiam não ter sido concluídas como o mestre havia desejado devido a
uma paralisia que o atingiu em seus últimos anos de vida.
A
hipótese é levantada pelo pesquisador italiano Alessandro Vezzosi, que
sustenta a possibilidade de uma doença degenerativa do artista a partir
da interpretação de um retrato que representaria um Leonardo sofredor,
com a mão direita bastante debilitada.
Vezzosi, diretor do Museu Ideal de Vinci, apresentará amanhã algumas
teorias sobre a vida e obra de Leonardo, durante um evento a ser
realizado na cidade de origem do artista.
No
entanto, a possibilidade de Leonardo ter sido atingido por uma forma de
paralisia não é uma novidade, segundo um documento datado de 1517, um
ano e meio antes de sua morte. Naquela época, Leonardo tinha 65 anos e
vivia em Amboise, na França. Ali, recebeu a visita do cardeal Luís de
Aragão e de seu secretário Antonio De Beatis, que registrou em seu
diário de viagem que Leonardo sofria de uma "certa paralesi ne la
dextra", em latim. A enfermidade, segundo os testemunhos, atrapalhava o
artista ao pintar, mas não ao desenhar, já que Leonardo era canhoto.
A
teoria agora é reforçada por um desenho, nunca exibido ao público,
conservado nas Galerias da Academia de Veneza. Atribuído a um anônimo
lombardo do século 16, o desenho mostra um Leonardo envelhecido e
sofredor. A obra foi publicada recentemente num livro da editora
italiana Giunti, sendo que os autores são Carlo Pedretti, Giovanna Nepi
Scirè e Annalisa Perissa Torrini.
"O
retrato nos mostra um Leonardo já idoso e muito humano. Em particular a
mão direita é mostrada numa posição entre a contração e a inércia,
sustentada pelas dobras da roupa como se estivesse enfaixada. A
fisionomia do rosto corresponde absolutamente ao seu Retrato de
Turim, datado de 1512-1515, o que reforça a tese, um pouco controversa,
de que se trata de um outro auto-retrato. O desenho veneziano, feito com
um lápis ocre-avermelhado chamado "sanguinea", fornece também indícios
úteis relativos à tipologia da imagem de Leonardo, que o mostrava como
um Heráclito sofredor", declarou Vezzosi.
Sobre a hipótese da paralisia existem duas opiniões médicas: "Leonardo
poderia ter sido atingido por uma semiparalisia, isto é, a perda parcial
da mobilidade da musculatura voluntária restrita somente a uma parte do
corpo", diz Vezzosi. Segundo ele, isto pode ter sido conseqüência de um
ataque cardíaco. Outra possibilidade, lançada pelo professor Giuseppe
Montanari di Gubbio, docente da área de Fisiologia da Universidade de
Chieti, é a de que o artista sofreria da doença de Dupuytren, uma lesão
crônica e progressiva que atinge a palma da mão e que a deixa inábil
pela retração dos dedos mínimo e anular.
A
conclusão de Vezzosi é que o retrato veneziano reforça a tese da doença
paralisante, que poderia ter tido conseqüências sobre a vida e obra do
mestre. "Em seus últimos anos de vida na França, Leonardo tinha com ele
em seu estúdio pinturas como a de Santa Ana e a Monalisa.
Não se pode excluir a hipótese de que a paralisia o tenha impedido de
fazer os últimos retoques nestas obras". Ansa
(©
estadao.com.br)
Chega ao Brasil edição
ilustrada de "O Código"
Edição especial de O Código Da Vinci,
de Dan Brown, tem encadernação de luxo e traz 160 ilustrações das obras
citadas no romance
Alessandra Porro
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/Divulgação |
Capa da
edição de luxo, que custa R$ 59,90 |
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São Paulo -
A edição especial
ilustrada do livro de Dan Brown, O Código Da Vinci, lançada esta
semana pela Editora Sextante ajuda a esclarece as dúvidas dos leitores
da obra, quando às imagens a que o autor faz referência.
Entre as imagens, há fotos da cinta de cilício usada na coxa pelo monge
albino Silas, da Opus Dei, para se martirizar; detalhes de obras de
Leonardo Da Vinci, como a Mona Lisa, o Homem Vitruviano e,
principalmente, A Última Ceia. Muitas repetidas diversas vezes ao
longo das 398 páginas de papel couchê que compõem a nova edição.
Além das 160 ilustrações e encadernação de luxo (que custa R$ 59,90),
nenhuma vírgula foi mudada do original lançado no Brasil em 2004 e que
teve 750 mil exemplares vendidos em menos de um ano. O estouro aqui
acompanhou o sucesso mundial: 25 milhões de exemplares vendidos em mais
de 40 países.
Desde o seu lançamento nos Estados Unidos, no início de 2003, o thriller
de Dan Brown conseguiu duas façanhas. A primeira foi dividir o mundo
entre os leitores que adoram o livro e os que detestam os personagens
rasos e a interminável seqüência de dados enciclopédicos - históricos ou
não - que pontuam o suspense.
Outro mérito do escritor foi ter conseguido, com apenas um livro,
fomentar toda uma indústria de ´filhotes´. Há desde os manuais que guiam
os leitores nos segredos e mistérios descritos no livro, como o
Revelando o Código Da Vinci, de Martin Lunn (Ed. Madras) e o
Quebrando o Código da Vinci, de Darrell L. Bock (Ed. Novo Século)
até aqueles que se propõem a investigar os fatos citados por Brown.
As
livrarias também foram abastecidas com outros que abordam temas como o
Santo Graal, Maria Madalena, a verdadeira identidade de Jesus Cristo, a
Opus Dei, o Vaticano, os Templários, e outros assuntos usados pelo
americano em seu livro.
A
onda está longe de acabar: em 2006 chega às telonas a versão
cinematográfica da obra, estrelada por Tom Hanks e dirigida por Ron
Howard. O ator vai interpretar o professor de simbologia religiosa
Robert Langdon, que ao lado da criptografa francesa Sophie Neveau,
vivida por Audrey Tatou, desvenda o assassinato do curador do museu do
Louvre Jacques Sauniére e se vê envolvido numa trama que envolve seitas
religiosas, história da arte e investigação.
(©
estadao.com.br)
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