da Folha Online
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou nesta
quarta-feira que irá renunciar ao seu cargo de primeiro-ministro,
durante sessão no Senado italiano. Com isso, o gabinete do governo é
dissolvido. A carta de renúncia ainda será entregue ao presidente do
país, Carlo Azeglio Ciampi.
A decisão põe fim às crescentes tensões políticas no país, que poderiam
gerar um rompimento na coalizão partidária de centro-direita que apóia o
primeiro-ministro.
Berlusconi também anunciou a intenção de formar um novo governo, baseado
novamente na coalizão de centro-direita. Ontem cinco ministros da
coalizão ameaçaram deixar o governo.
Durante seu pronunciamento ao Senado, o primeiro-ministro também citou
as eleições regionais, realizadas no último dia 3, que deflagaram a
crise política italiana. Das 13 regiões em disputa, a coalizão venceu
apenas em duas. Nas outras regiões, partidos de centro-esquerda ganharam
destaque.
Segundo analistas, as eleições refletem o descontentamento dos italianos
ante ao governo de Berlusconi, e à estagnação da economia, o que pode
também refletir em resultados negativos durante as eleições gerais,
previstas para 2006.
A estratégia de renúncia para a formação de um novo governo é
freqüentemente usada por primeiros-ministros italianos na tentativa de
fortalecer as coalizões partidárias. Berlusconi, há tempos, resiste à
renúncia, afirmando que a tática pertencia "ao passado político confuso
da Itália".
De acordo com a legislação italiana, se o primeiro-ministro pedir a
renúncia, o presidente do país decide se pede a Berlusconi que fique no
cargo, ou que indique um candidato ao cargo que possa formar um novo
governo. O presidente pode, também, decidir pela dissolução do
Parlamento e pela antecipação das eleições gerais.
Crise
Berlusconi enfrenta a pior crise de seu governo, em quatro anos de
mandato.
Na semana passada, o partido União Democrata Cristã (UDC), liderado pelo
vice-primeiro-ministro Marco Follini, anunciou que quatro ministros
filiados ao partidos deixariam o gabinete. Ele também pediu que
Berlusconi formasse uma nova plataforma de governo, e abandonou a
coalizão partidária.
O Novo Partido Socialista também deixou o governo na semana passada.
A coalizão do atual primeiro-ministro chegou ao poder em 2001, e
Berlusconi sempre afirmou que seu gabinete seria o primeiro após Segunda
Guerra Mundial (1939-1945) a completar os cinco anos de mandato.
(© Folha
Online)
Berlusconi anuncia que formará novo governo na
Itália
Agências Internacionais
ROMA - Cedendo à pressão dos aliados e para manter-se no poder, o
primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse nesta quarta-feira
que formará um novo governo com os mesmos parceiros da aliança de
centro-direita, deixando implícita sua decisão de renunciar. A
declaração política é uma tentativa de fortalecer a aliança governista
debilitada por derrotas eleitorais e por preocupações com o baixo
crescimento econômico.
- Aceito o desafio de formar um novo governo com a mesma coalizão que
dirijo desde de 2001 - disse Berlusconi ao senadores, ao explicar a
saída que quatro ministros.
- Todos os aliados pediram a formação de um novo governo com a mesma
coalizão e aceitei - acrescentou.
Berlusconi foi forçado a renunciar por dois partidos aliados que exigiam
mudanças radicais em sua administração, depois que a coalizão foi
derrotada em recentes eleições regionais. Ele tentou resistir, mas, pela
Constituição italiana, o premier é obrigado a renunciar se fizer grandes
mudanças em seu gabinete, o que o deixou sem espaço manobras.
- As eleições regionais deram um claro sinal de mal-estar - disse
Berlusconi ao Senado. - Quero dar uma resposta política de acordo.
Berlusconi disse que apresentará sua renúncia ao presidente Carlo
Azeglio Ciampi nas próximas horas e manifestou confiança de que um novo
governo dará fôlego novo à coalizão de centro-direita. Quando um premier
renuncia, cabe ao presidente italiano designar um candidato para formar
um novo governo. Acredita-se que Ciampi escolha o próprio Berlusconi
para a tarefa.
Berlusconi também anunciou reformas em seu programa de governo, tal como
exigiam os moderados para confirmar seu apoio ao premier.
Antes de se dirigir ao Senado, o premier havia confirmado, em rápida
entrevista à imprensa, sua decisão de renúnciar à Chefia do Governo
italiano, que lidera há quatro anos.
- Esta vez não haverá surpresas. Hoje me demitoe e vou ver o chefe do
Estado (presidente) - disse ele a jornalistas.
A decisão de Berlusconi é mais um capítulo na crise política que se
originou na derrota da aliança governista nas eleições regionais de 3 e
4 de abril, quando ela perdeu em 11 das 13 distritos que realizaram
votações. No rastro das eleições, quatro ministros da União Democrata
Cristã (UDC) se demitiram e outros cincos da Aliança Nacional ameaçaram
deixar o governo se Berlusconi não renunciasse e formasse um novo
gabinete.
Desde a terça-feira, a renúncia de Berlusconi era dada como certa. Esta
quarta-feira começou com fontes do governista partido Forza Italia (FI),
de Berlusconi, afirmando que o premier recuaria para formar um novo
governo.
Se Berlusconi não tivesse confirmado sua intenção de renunciar, restaria
ao premier convocar eleições antecipadas, o que seria arriscado para a
aliança governista, tendo em vista as recentes derrotas na urnas. Na
quinta-feira, Berlusconi deve voltar ao Senado onde seu governo será
submetido a um voto de confiança.
(© O
Globo)
CIAMPI ACCETTA CON RISERVA LE DIMISSIONI DI BERLUSCONI
ROMA - Il presidente della Repubblica Carlo
Azeglio Ciampi ha accettato con riserva le dimissioni del presidente del
Consiglio Silvio Berlusconi e lo ha pregato di restare in carica per il
disbrigo degli affari urgenti. Le consultazioni al Quirinale avranno
inizio domani giovedi'.
Il presidente del Consiglio Silvio Berlusconi aveva annunciato oggi in
aula a Palazzo Madama l'intenzione di rassegnare le sue dimissioni da
premier e di andare al Quirinale. Tutti i senatori della CdL si sono
alzati in piedi per applaudirlo. Dai banchi del centrosinistra si e'
levato un solo grido: ''Era ora''
'Stavolta niente sorprese, oggi mi dimetto e vado dal capo dello
Stato'': cosi' Silvio Berlusconi al suo arrivo al Senato. Qual e' il
fatto politico nuovo? hanno chiesto i cronisti a Silvio Berlusconi, a
proposito della decisione di dimettersi. ''Con due forze politiche su
sei che decidono di uscire dal governo e mantenere il supporto
parlamentare... Adesso poi sono tre su sei quindi non e'...'', ha
risposto il premier.
BERLUSCONI: CAMBI DI MINISTRI? NON SARANNO MOLTI
Ci saranno cambi di ministri nella squadra del nuovo governo? ''Non
posso anticipare, ma non saranno molti'', risponde il presidente del
Consiglio Silvio Berlusconi lasciando il Senato. ''In altri Paesi, come
hanno fatto Blair e Aznar - ha aggiunto - si sono potuti fare
cambiamenti autonomamente, di cinque o sei ministri''.
INTENDO RAFFORZARE LA COMPAGINE DI GOVERNO
''Per rilanciare la nostra azione la mia intenzione e' aggiornare il
nostro programma, accrescendo i nostri sforzi per difendere il potere
d'acquisto per le famiglie, per sostenere le nostre imprese, per
imprimere un rinnovato e deciso sviluppo al nostro Sud. Per questo
intendo rafforzare la compagine del governo''. Lo ha detto il presidente
del Consiglio Silvio Berlusconi parlando al Senato.
AL MOMENTO NON CI SONO PROBLEMI DIFFICILI DA SUPERARE
Al momento non ci sono problemi difficili da superare''. Silvio
Berlusconi risponde cosi' ai giornalisti che, alla Camera, gli chiedono
sul confronto tra le forze della maggioranza per la formazione del nuovo
governo.
LE RIFORME ALLA LEGA? PRESTO PER DIRLO
Le riforme rimarranno alla Lega? ''E' troppo presto per ragionare sui
responsabili dei singoli ministeri''. Lo ha detto il premier Silvio
Berlusconi, conversando con i giornalisti nel transatlantico di
Montecitorio.
NON ANCORA IN ESAME IL MINISTERO DEL SUD
Ci sara' un ministero per il Mezzogiorno? ''Non e' ancora stata
esaminata questa possibilita'?''. Lo ha detto il presidente del
Consiglio Silvio Berlusconi, conversando con i giornalisti nel
transatlantico di Montecitorio.
SONO SERENO, GLI APPREZZAMENTI DEGLI ALLEATI FANNO PIACERE
''Sono sereno'': lo dice ai cronisti Silvio Berlusconi uscendo dall
Camera. E a proposito dei commenti degli alleati al suo intervento
osserva: ''e' naturale che gli apprezzamenti facciano piacere''.
AGLI ALLEATI, CHIEDO DI AVERE FIDUCIA
''Agli amici della maggioranza chiedo di aver fiducia in noi stessi, in
voi stessi, nei nostri valori perche' con la nostra fiducia abbiamo
affrontato pagine importanti del passato e sono certo ne scriveremo
molte altre''.
NUOVA COESIONE A PARTITI TRASFORMANDO LA CDL
Occorre dare ''nuova coesione ai partiti della Cdl'' per andare avanti
con il nuovo governo ''trasformando anche la nostra alleanza di oggi''.
Silvio Berlusconi si rivolge cosi', dall'aula del Senato, alla
maggioranza di centrodestra alla quale chiede di avere ''fiducia, in noi
stessi, nella nostra storia, nel nostro futuro''. ''Abbiamo scritto
insieme pagine importanti e sono sicuro - aggiunge Berlusconi - che
insieme ne scriveremo ancora''.
LE RIFORME COSTITUZIONALI VANNO AVANTI
Le riforme costituzionali andranno avanti. Lo ha detto implicitamente il
presidente del Consiglio Silvio Berlusconi, in Senato. ''La riforma
costituzionale del nostro governo - ha infatti detto Berlusconi -
adeguera' le nostre istituzionali alle moderne democrazie europee''.
(© ANSA)