Após a limpeza
da escultura, especialistas acreditam que a poeira e a umidade
trazidas pelos turistas estão começando a sujar a obra
Florença -
Especialistas do
museu que abriga o Davi de Michelangelo estudam a possibilidade
de "limpar" os turistas que visitam a escultura, informou a agência de
notícias italiana ANSA. Após a limpeza finalizada há alguns meses na
escultura, especialistas acreditam que a poeira e a umidade trazidas
pelos turistas estão começando a sujar a obra de arte. Uma opção seria
colocar um jato de ar atrás da escultura, impedindo que a poeira se
assente.
A
limpeza da obra, que tem mais de 500 anos, foi foi concluída em maio, e
retirou décadas de sujeira da escultura. Mas, especialistas perceberam
que o mármore reluzente estava sujeito à sujeira trazida nas roupas e
nos sapatos dos turistas.
Os
especialistas estudam, agora, uma maneira de manter a obra longe da
sujeira sem colocá-la atrás de vidros. Uma idéia seria manter um jato de
ar constante sobre a obra para "manter longe as partículas de sujeira
que se depositam no mármore", disse Antonio Paolucci, responsável pelos
museus em Florença.
Outra idéia seria fazer os visitantes passarem por carpetes especiais e
por um corredor arejado que removesse a sujeira de suas roupas, disse a
reportagem da ANSA. Outra idéia separada é alterar a ventilação da
galeria para assegurar que o Davi e outras esculturas não sejam
submetidas às sujeiras liberadas pelo ar condicionado.
(AE -
AP)
(©
estadao.com.br)
David de Michelangelo será
protegido por um "muro de ar"
ROMA (AFP) - O pó trazido pelos turistas é o
inimigo número um da famosa estátua de "David" de Michelangelo, que será
protegida por um muro de ar puro invisível, informou nesta segunda-feira
o museu de Florença (Toscana, centro).
"O muro de ar será formado por
uma solução não agressiva que espero que funcione", disse à imprensa
Antonio Paolucci, superintendente dos museus de Florença.
"Trata-se de lançar um jorro de
ar em volta da estátua para evitar que as partículas atmosféricas sejam
depositadas sobre o mármore, pois têm efeitos corrosivos e
contaminantes", acrescentou.
A idéia, projetada pelo Centro
Nacional Italiano de Investigação, vai ser executada em um ano e pode se
estender a outras obras. Medidas para evitar o pó estão sendo estudadas,
como a instalação de tapetes especiais e de um corredor dotado com
aparelhos especiais para aspirar partículas finas de pó que vêm nos
sapatos e ou nas roupas dos visitantes.
O sistema de ar-condicionado do
museu pode ser modificado para evitar problemas atmosféricos à estátua,
que acaba de ser submetida a uma limpeza meticulosa por ocasião dos 500
anos de sua criação em setembro do ano passado.
O "David" foi transferido em 1873
da praça da Signoria de Florença para a Galeria da Academia, na mesma
cidade, para proteger a obra. Milhões de visitantes apreciam a estátua
todos os anos.
A limpeza da imponente escultura
de mais de cinco metros de altura suscitou uma série de polêmicas devido
ao método empregado, considerado muito radical porque ressaltou a
brancura e brilho, escondendo as características de um material como o
mármore.
A limpeza foi decidida depois de
11 anos de estudos e consultas a especialistas italianos e
internacionais. O "David" sofre as conseqüências de ter estado exposto
ao ar livre durante mais de três séculos e meio na Praça da Signoria.
(©
UOL Diversão & Artes)
DAVID DI MICHELANGELO, IL NEMICO E' LA POLVERE DEI TURISTI
FIRENZE - Mentre ogni giorno
5.000 turisti ammirano il David di Michelangelo custodito alla Galleria
dell' Accademia di Firenze, c' e' un nemico inesorabile che attacca il
suo marmo: la polvere che, raccolta all' esterno da scarpe e abiti degli
stessi visitatori, va a inquinare le superfici. Contro questa nuova
insidia sono allo studio diverse contromisure tra cui la realizzazione
di una barriera d' aria, una specie di 'teca invisibile', per isolare il
David pur mantenendolo visibile cosi' com' e' oggi, senza percio'
doverlo proteggere con una gabbia di vetro.
''Questa del muro d' aria e' una
soluzione non invasiva che dovrebbe funzionare - ha spiegato il
soprintendente al Polo museale di Firenze, Antonio Paolucci - si
trattera' di mandare soffi in sospensione intorno alla statua, cosi' da
tenere lontano il particellato atmosferico il quale si deposita sul
marmo e, consolidandosi, provoca effetti corrosivi ed inquinanti''. Il
progetto, che Paolucci auspica ''realizzabile entro l' anno ed
estendibile ad altri musei'', e' allo studio da parte del Cnr e dalla
facolta' di architettura di Valle Giulia (Roma), gli stessi enti che
conducono un monitoraggio (finira' nel 2006) sull' ambiente di
conservazione della statua e che, dalle prime osservazioni, hanno
rilevato la necessita' di soluzioni anti-polvere. In particolare, dal
maggio scorso, quando termino' il restauro per i 500 anni del capolavoro
di Michelangelo, si e' visto che il ritrovato candore del marmo e' messo
continuamente a dura prova dalla patina di sporco che il calpestio e l'
affollamento dei visitatori portano dall' esterno.
'Abbiamo infatti scoperto -
racconta la direttrice della Galleria dell' Accademia, Franca Falletti -
che il David e' polveroso e che va pulito spesso, tanto che siamo
costretti a frequenti spolverature periodiche, anche ogni due mesi nel
periodo estivo, perche' la quantita' di deposito pulviscolare e' molto e
dannoso''. Falletti ha evidenziato, oltre alla barriera d' aria, altre
contromisure possibili.
Una e' l' installazione di
tappeti speciali e di un corridoio areato dotato di griglie di
aspirazione per tirare via la polvere, rispettivamente, da scarpe e
abiti dei visitatori. La seconda soluzione consiste nella modifica delle
condotte d' areazione in modo che i flussi dell' impianto dell' aria
condizionata non finiscano direttamente sul David, e nemmeno su altri
capolavori di Michelangelo come ''I Prigioni'' ospitati negli stessi
ambienti e sottoposti allo stesso stress ''atmosferico''. E risolto il
caso della polvere rimarra' un ultimo problema per rendere il David un
capolavoro ''immortale'': la difesa dal terremoto, ipotesi che gli
stessi studiosi del Cnr hanno affrontato con indagini sulla staticita' e
studi di prevenzione sismica; per avere questa sicurezza anche contro un
sisma c' e' addirittura chi ha proposto di realizzare una speciale sala
sotterranea, soluzione che permetterebbe ai visitatori di guardare la
statua anche dall' alto in basso e non solo a testa in su come avviene
da secoli.
(©
ANSA) |