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  A CULINÁRIA ITALIANA

Funghi: experiência italiana orienta mercado brasileiro

Foto: Strada del Fungo

Um dos maiores especialistas em cogumelos, o italiano Giuseppe Venturella, participará do IV Simpósio Internacional sobre Cogumelos no Brasil, que ocorrerá em Caxias do Sul

A produção intensiva de cogumelos para fins comerciais é um mercado conhecido por poucos, porém vibrante e em constante expansão. Além das mais conhecidas aplicações gastronômicas, cogumelos também podem ser usados para sintetizar tinturas das mais variadas tonalidades e no tratamento de efluentes químicos.

Ademais, vários espécimes do fungo possuem propriedades medicinais que interessam pesquisadores e entusiastas do mundo todo. A Itália é um dos maiores exportadores do mundo da iguaria, lá representada, em grande parte, pelas famosas e raras trufas brancas, que só frutificam no norte do país e, em especial, na província de Alba.

Em outubro, um dos maiores especialistas no assunto, Giuseppe Venturella, da Universitá di Palermo, vem ao Brasil para palestrar sobre o estado atual e as perspectivas da produção italiana de cogumelos.

A apresentação se dará no IV Simpósio Internacional sobre Cogumelos no Brasil – IV SICOG, em Caxias do Sul. Na Itália, o consumo de cogumelos chega a 2kg anuais por habitante, número acintosamente maior do que a marca brasileira, que registra apenas 30 gramas por pessoa.

O dado revela uma disparidade entre os dois mercados que denota a maturidade do mercado europeu dessa iguaria, ao mesmo tempo em que enseja grandes possibilidades de crescimento para o Brasil.

Mesmo diante da importância dos macrofungos como organismos modelos para estudos de Biologia e Biotecnologia e também por constituir-se em um mercado crescente, no que se refere ao seu emprego como alimento – com uma estimativa de produção de 30 mil toneladas/ano – o Brasil ainda não tem tradição, tanto na ciência como na tecnologia de cogumelos, embora já existam vários grupos de pesquisa e empresas que trabalham com estes macrofungos.

É nesse paradigma que o SICOG se encaixa, buscando dialogar acerca das diversas aplicações dos cogumelos e ampliar sua popularidade no país, tanto no que se refere às questões mercadológicas, quanto à competência técnica e científica para lidar com o fungo.

Assim, o evento visa qualificar profissionais, pesquisadores, estudantes e instituições da área da ciência e tecnologia relacionada aos cogumelos. Para tanto, quatro áreas temáticas contemplam as diversas facetas do assunto: produção e cultivos em estado sólido e submerso; aplicação de enzimas e metabólicos; tratamento de efluentes e biorremediação; e efeitos nutricionais e medicina dos cogumelos.

O IV SICOG ocorrerá na Universidade de Caxias do Sul (UCS), entre os dias 27 e 28 de outubro.

(© Folha de S. Paulo)


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