Gastronomia - O Canal de Culinária do ItaliaOggi

                   Publicidade


  A CULINÁRIA ITALIANA

São Paulo comemora Dia Internacional da Pizza

 

A pizza, símbolo da gastronomia paulistana, ganha neste mês não apenas um dia de festa, mas uma semana inteira de comemorações. Por toda a cidade, da segunda-feira (10) até domingo (16), 50 pizzarias associadas à Apuesp (Associação de Pizzarias Unidas) e Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) participam do evento.

Pela programação, todos os estabelecimentos participantes criarão uma pizza única com ótimos ingredientes. Esta nova pizza será vendida durante a semana programada para o festival pela pizzaria, pelo mesmo preço da pizza de mussarela da casa.

Além de aumentar o consumo de pizzas na cidade, o festival terá uma responsabilidade social, já que levará a redonda a duas creches da cidade. Na quinta-feira (13), serão montados, em duas creches da cidade, fornos de pizzas, e alguns pizzaiolos de casas renomadas de São Paulo passarão o dia fazendo pizzas para crianças carentes.

O festival será encerrado no domingo, com uma grande praça de degustação montada ao ar livre, no Parque da Água Branca, zona oeste da cidade.

Além de provarem diversos sabores de pizzas, os visitantes que passarem pelo parque no domingo encontrarão entretenimento para as crianças, shows, e ainda poderão torcer pelo seu pizzaiolo e garçom favorito na tradicional Corrida de Garçons. A entrada é franca.

(© Folha Online)


Paulistas comem 43 milhões de pizzas por mês

Alessandro Soares
Do Diário do Grande ABC

Fumegante, suculenta e crocante, com tomate e mozarela (bases universais), azeite, orégano e manjericão, espessura de não mais do que 5 mm e borda com no máximo 2 cm. Esta é a apresentação black tie da pizza, a rainha redonda da culinária mundial que comemora na próxima segunda-feira seu dia especial, dedicado a ela em São Paulo.

Embora a pizza tenha chegado ao Brasil com os imigrantes italianos no século XIX, foi em 1985 que a Secretaria de Estado de Turismo instituiu o 10 de julho como Dia da Pizza. Nem precisava, pois todo dia é dia dela, com mozarela ou quatro queijos, calabresa, frutos do mar, peperoni...

Na Itália, berço da pizza como a conhecemos, a data festiva é outra. Em Nápoles, surgiu a primeira pizzaria, Port Alba, em 1830. Mas as pizzas em formato redondo eram feitas na cidade desde o século XVII. A fama levou o casal real Margherita de Savóia e Umberto I, que vivia em Nápoles ante da coroação, a encomendar o prato típico. O 11 de junho é o Dia da Alla Margherita, que se tornou a preferência nacional, ou melhor, nacionalista do país.

Foi criada sob encomenda do casal para um jantar a base de pizzas. Margherita solicitou ao padeiro e pizzaiolo Raffaele Esposito o prato típico da cidade. Ele preparou três opções, com cobertura a escolha da rainha. Ela gostou da combinação tricolor, que sugeria as cores da bandeira italiana: o verde do manjericão, o vermelho do tomate e o branco da mozzarella italiana de búfala e do trigo.

Esposito não foi exatamente o inventor do delivery, pois usou o forno do palácio real. Mas a receita foi o estopim para a iguaria correr o mundo. Com a imigração para a América, os italianos levaram as pizzas para o Novo Mundo. Estados Unidos e Brasil foram os que melhor aproveitaram.

A história da pizza no Brasil está ligada intimamente com o processo de imigração italiana em São Paulo.

Era mais comum ser encontrada nas colônias e entre imigrantes, que costumavam carregar pequenos tambores de cobre onde aqueciam nas ruas brotinhos preparados em casa. Cada bairro da cidade tem sua pizzaria e a entrega em domicílio engrossa os números de consumo mensal estimados pelo Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares em São Paulo.

Cerca de 43 milhões de pizzas saem dos fornos por mês, em quase 6 mil estabelecimentos, a maioria pizzarias, onde a pizza é consumida com chope ou vinho, este a melhor companhia. Lanchonetes e padarias também fazem as suas, onde o pedaço consumido no balcão acompanhado de chope também virou tradição.

Pizza em padarias (muitas acrescentam “pizzaria” ao nome) é um reencontro ancestral, pois sua história se confunde com a do pão.

O domínio do fogo, da cerâmica e da agricultura pelos ancestrais humanos pré-históricos foram a premissa de uma protoculinária. O cultivo de cereais possibilitou a fixação humana, até então nômade. Os grãos duros eram moídos, e essa farinha recebia água para virar uma massa.

Assá-la foi o passo seguinte e a maior inovação gastronômica da pré-história, quando nasceu o antepassado do pão, e também da pizza. O azeite e a versatilidade de quase tudo na cobertura, como vegetais, embutidos, queijos, carnes, frutos do mar, ervas, é que dão sabor especial.

Em 1982 foi fundada em Nápoles a Associazione Vera Pizza Napoletana (Associação da Verdadeira Pizza Napolitana), com estatuto que deu normas puristas à principal iguaria da cidade. Segundo a associação, a pizza deve ser feita com farinha, fermento natural ou leveduras de cerveja e água e feita à mão. Depois de descansar, a massa precisa ser esticada com as mãos, sem rolo, e assada em forno a lenha.

Os ingredientes podem variar, desde que a associação os aprove. Alguns dos nomes “oficiais” da Verace Napoletana são Marinara (tomate, azeite de oliva, orégano e alho), Margherita (tomate, azeite de oliva, parmesão ralado e mozarela especial produzida nos montes Apeninos do sul), Romana (tomate, mozarela, anchovas, orégano, azeite) e Capriciosa (mozarela, tomates, cogumelos, presunto, azeitonas e azeite). Mas enquanto a Associação não estiver olhando, faça do seu jeito (mas siga a receita básica da massa nesta página). E bom apetite!

Curiosidades

Há 6 mil anos, faraós egípcios comemoravam seus aniversários comendo uma massa achatada assada, coberta com ervas aromáticas. Os gregos assavam em tijolos quentes uma mistura de farinha de trigo, arroz e grão-de-bico. Hebreus também misturavam farinha e água para assar.

O “pão de Abraão”, como era chamado, chegou ao sul da Itália, ganhando em Nápoles o nome “picea”. O tomate, que veio da América, foi adicionado na metade do século XIX.

A primeira pizza redonda foi feita em Nápoles, no século XVII. Até então, os italianos a comiam dobrada como um sanduíche.

“Terminar em pizza” é expressão brasileira. Sugere celebração festiva ou comemoração de algum negócio. Ultimamente é usada para a negociação que livra de punição faltosos com a ética.

O personagem de videogame Pacman foi inspirado em uma pizza com um pedaço faltando, uma sacada do designer de jogos japonês Tohru Iwatani, em 1980.

© Diário Online)

Google
Web ItaliaOggi