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  A CULINÁRIA ITALIANA

Café em alta

Surpresa: nem os admiradores sabiam de tantos benefícios

Novas descobertas mostram que a bebida deixa as pessoas mais receptivas aos argumentos e ajuda a combater doenças inflamatórias

Por Cilene Pereira

Procura uma forma de convencer alguém a aceitar suas idéias? Simples: ofereça um cafezinho. É a sugestão de um trabalho feito na Universidade de Queensland, na Austrália, e publicado no European Journal of Social Psychology. Sabe-se que compostos da bebida ajudam a combater o envelhecimento precoce das células e a estimular o sistema nervoso central, melhorando a concentração. Agora, os australianos descobriram que o consumo de duas xícaras deixa as pessoas mais predispostas a concordar com argumentos persuasivos até em questões polêmicas, sobre as quais dificilmente se muda de lado. O experimento consistiu em perguntar as opiniões dos voluntários sobre eutanásia antes e depois de eles terem lido uma forte argumentação contra suas crenças iniciais. Antes de ler os argumentos, metade tomou suco de laranja com cafeína e o restante ingeriu a bebida sem a substância. Os que receberam a cafeína se mostraram mais maleáveis em relação aos argumentos apresentados pelos pesquisadores e concordaram com eles muito mais do que o outro grupo. Os cientistas observaram que o sistema de processamento da mensagem no cérebro teve seu funcionamento estimulado. Essa seria uma das explicações para a conclusão da pesquisa. A mensagem, de alguma forma, ficaria mais “marcada” no cérebro dos indivíduos que ingeriram cafeína.

Não é o único trabalho recente sobre o assunto. Nas últimas semanas, pesquisadores da Califórnia revelaram que a bebida também protege contra a cirrose (degeneração do fígado) provocada pelo alcoolismo. Eles analisaram a história de 126 mil homens e mulheres durante 20 anos. Constataram que uma xícara diária de café reduz em 22% o risco de desenvolver a doença, três doses diárias eleva essa proteção para 40% e mais de quatro, para 80%. Como o mesmo efeito não se dá com o chá, o responsável pelo benefício não é a cafeína, presente nas duas bebidas. “O café protege, mas o correto é reduzir a ingestão de álcool”, alerta o autor do trabalho, Arthur Klatsky. Outra pesquisa, da universidade americana de Minnesota, indica que o café pode ajudar na prevenção de doenças associadas a processos inflamatórios, como infarto e artrite reumatóide.

As descobertas dos canadenses da Universidade McMaster são as mais surpreendentes. Elas sugerem que a cafeína contribui para melhorar o funcionamento dos pulmões de bebês prematuros. Essas crianças nascem com problemas respiratórios porque os pulmões ainda não estão “prontos” e o sistema nervoso central, que regula a função de respirar, não está maduro o suficiente. O trabalho, publicado na edição de maio do The New England Journal of Medicine, avaliou a performance de dois mil bebês. Parte deles recebeu cafeína nos dez primeiros dias de vida, além dos medicamentos convencionais. Desse grupo, 36% necessitaram de oxigênio suplementar, contra 47% dos outros. Além disso, em média eles ficaram uma semana a menos nos respiradores artificiais. Para consumidores que se contentavam apenas com uma xícara perfumada, as notícias não poderiam ser melhores.

Outros achados recentes sobre a bebida:
pesquisadores americanos descobriram que ela aumenta a proteção contra a cirrose provocada por alcoolismo

De acordo com um estudo canadense, a cafeína melhora a função respiratória dos bebês prematuros

(© ISTO É Online)


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